quinta-feira, dezembro 25, 2025
Início Site Página 67

Trump anuncia ataque a três usinas nucleares do Irã

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, publicou em suas redes sociais um anúncio de ataque a três usina nucleares iranianas: Fordow, Natanz e Esfahan. De acordo com ele, os bombardeios foram realizadas por militares norte-americanos, que já estariam fora do espaço aéreo do país. O principal alvo das bombas teria sido a usina de Fordow. 

“Parabéns aos nossos grandes guerreiros americanos. Não há outro exército no mundo que pudesse ter feito isso. Agora é a hora de paz!”, afirmou Trump, que classificou a missão como um grande sucesso.

Mais cedo, neste sábado, a Forças Armadas do Iêmen ameaçaram atacar barcos dos Estados Unidos (EUA) que trafeguem no Mar Vermelho caso o governo de Donald Trump decidisse entrar diretamente na guerra entre Israel e Irã.

Em comunicado, o porta-voz do Exército do Iêmen, Yanya Saree, disse que os militares estarão de prontidão para atacar os navios comerciais e de guerra dos EUA na região.

“Se os americanos estiverem envolvidos com o inimigo israelense em um ataque contra o Irã, as Forças Armadas do Iêmen atacarão seus barcos e navios de guerra no Mar Vermelho. As Forças Armadas estão acompanhando, monitorando toda as ações na região, incluindo movimentos hostis contra nosso país”, disse Saree em uma rede social. 

Ainda neste sábado, a agência de notícias Reuters informou que bombardeiros B-2, capazes de perfurar bunkers (estruturas geralmente subterrâneas, projetadas para proteger pessoas e equipamentos de ataques militares) deslocam-se para a Ilha de Guam, no Pacífico, segundo autoridades americanas ouvidas pelo veículo. 

Conflito

Acusando o Irã de estar próximo de desenvolver uma arma nuclear, Israel lançou um ataque surpresa contra o país no último dia 13, expandindo a guerra no Oriente Médio.

O Irã afirma que seu programa nuclear é apenas para fins pacíficos e que estava no meio de uma negociação com os Estados Unidos para estabelecer acordos que garantissem o cumprimento do Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares, do qual Irã é signatário. 

No entanto, a AIEA vinha acusando o Irã de não cumprir todas suas obrigações, apesar de reconhecer que não tem provas de que o país estaria construindo uma bomba atômica. O Irã acusa a agência de agir “politicamente motivada” e dirigida pelas potências ocidentais, como EUA, França e Grã-Bretanha, que têm apoiado Israel na guerra contra Teerã. 

Em março, o setor de Inteligência dos Estados Unidos afirmou que o Irã não estava construindo armas nucleares, informação que agora é questionada pelo próprio presidente Donald Trump.  

Apesar de Israel não aceitar que o Irã tenha armas nucleares, diversas fontes ao longo da história indicaram que o país mantém um amplo programa nuclear secreto desde a década de 1950. Tal projeto teria desenvolvido pelo menos 90 ogivas atômicas. 

Fonte: Agência Brasil

Brasil participa de evento climático em Londres com 45 mil pessoas

O governo brasileiro vai participar da 7ª edição da Semana de Ação Climática de Londres, que ocorre entre este sábado (21) e o próximo dia 29 de junho, e deve reunir 45 mil pessoas em 700 eventos na capital do Reino Unido. Esse é um dos principais eventos sobre clima da Europa.  

Governos, especialistas, investidores, empresas e organizações da sociedade civil de todo o mundo discutem medidas para combater a crise climática causada, principalmente, pela queima de combustíveis fósseis que ameaça a segurança global devido ao aumento dos eventos climáticos extremos.

Entre os objetivos do encontro está o de contribuir com o debate rumo à COP30, a Conferência das Nações Unidas para Mudanças Climática, que vai ocorrer em Belém (PA), em novembro deste ano. A participação do Brasil na Semana Climática de Londres é mais um esforço para mobilizar governos e sociedades para construir soluções globais contra a crise climática, facilitando acordos na COP30.  

Reuniões preparatórias

Nos últimos 10 dias, representantes do governo brasileiro e da sociedade civil do país estiveram em Bonn, na Alemanha, em reuniões preparatórios para o evento em Belém. Nesses encontros, discutiu-se medidas para implementação dos acordos firmados nas COPs anteriores.

“Já estamos vivendo a emergência climática, que invade nossas casas e nossas vidas, e atinge desproporcionalmente os mais vulneráveis. Para termos uma chance, precisamos de ação coletiva e urgente”, informou a secretária nacional de mudança do Clima do Ministério do Meio Ambiente (MMA) e diretora-executiva da COP30, Ana Toni, no evento na Alemanha.

Na Alemanha, o Brasil apresentou carta com 30 objetivos chaves para aumentar a proteção ao clima, como reverter a degradação florestal até 2030 e triplicar as fontes de energia renováveis. 

Além de Ana Toni, irão representar o governo brasileiro na Semana de Ação Climática de Londres o presidente da COP30, embaixador André Aranha Corrêa do Lago, e a secretária de assuntos internacionais do Ministério da Fazenda, embaixadora Tatiana Rosito. Também está prevista a participação do secretário-geral da ONU, António Guterres.

Crise climática

O aquecimento da Terra é provocado, principalmente, pela emissão de gases do efeito estufa durante a queima de combustíveis fósseis. As mudanças causadas no clima são debatidas, pelo menos, desde 1992, em inúmeras conferências governamentais e da sociedade civil e empresarial.

Em 2015, o Acordo de Paris fixou compromisso de limitar o aquecimento da terra em 1,5º C acima dos níveis pré-industriais. Para isso, será preciso reduzir substancialmente o nível da emissão de gases do efeito estufa.

Após eleição de Donald Trump, os Estados Unidos (EUA), um dos maiores poluidores do planeta, decidiram abandonar o Acordo de Paris, prejudicando os esforços para limitar o aquecimento da terra. Além disso, as emissões vêm crescendo ano a ano principalmente por causa da queima de carvão, petróleo e gás. 

A ONU informou que 2024 foi o ano mais quente em 175 anos. As mudanças climáticas ainda impulsionam os desastres climáticos, a exemplo da catástrofe que se abateu sobre o Rio Grande do Sul (RS) em maio do ano passado. Estudo mostra que desastres climáticos no Brasil aumentaram 250% em quatro anos (2020-2023). 

Fonte: Agência Brasil

Juros básicos da economia sobem para 15% ao ano

Apesar do recuo recente da inflação, as incertezas em relação à economia fizeram o Banco Central (BC) elevar os juros. Por unanimidade, o Comitê de Política Monetária (Copom) aumentou a Taxa Selic, juros básicos da economia, em 0,25 ponto percentual, para 15% ao ano.

Embora houvesse divisões, a decisão surpreendeu parte do mercado financeiro, que esperava a manutenção em 14,75% ao ano.

Em comunicado, o Copom informou que deverá manter os juros em 15% ao ano nas próximas reuniões, enquanto observa os efeitos do ciclo de alta da Selic sobre a economia. No entanto, não descartou mais altas, caso a inflação suba.

“Em se confirmando o cenário esperado, o Comitê antecipa uma interrupção no ciclo de alta de juros para examinar os impactos acumulados do ajuste já realizado, ainda por serem observados, e então avaliar se o nível corrente da taxa de juros, considerando a sua manutenção por período bastante prolongado, é suficiente para assegurar a convergência da inflação à meta”, destacou o texto.

“O comitê enfatiza que seguirá vigilante, que os passos futuros da política monetária poderão ser ajustados e que não hesitará em prosseguir no ciclo de ajuste caso julgue apropriado”, acrescentou o BC.

Essa foi a sétima elevação seguida dos juros básicos. A Selic está no maior nível desde julho de 2006, quando estava em 15,25% ao ano. Esse deve ser o último aperto monetário, antes da interrupção no ciclo de alta, no segundo semestre.

De setembro do ano passado a maio deste ano, a Selic foi elevada seis vezes. Após chegar a 10,5% ao ano de junho a agosto do ano passado, a taxa começou a ser elevada em setembro do ano passado, com uma alta de 0,25 ponto, uma de 0,5 ponto, três de 1 ponto percentual e uma de 0,5 ponto.

Inflação

A Selic é o principal instrumento do Banco Central para manter sob controle a inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Em maio, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo, que mede a inflação oficial, recuou para 0,26%, mesmo com a pressão de alguns alimentos e da conta de energia. Com o resultado, o indicador acumula alta de 5,32% em 12 meses, acima do teto da meta contínua de inflação.

Pelo novo sistema de meta contínua em vigor desde janeiro, a meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC, definida pelo Conselho Monetário Nacional, é de 3%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 1,5% e o superior é 4,5%.

No modelo de meta contínua, a meta passa ser apurada mês a mês, considerando a inflação acumulada em 12 meses. Em junho de 2025, a inflação desde julho de 2024 é comparada com a meta e o intervalo de tolerância. Em julho, o procedimento se repete, com apuração a partir de agosto de 2024. Dessa forma, a verificação se desloca ao longo do tempo, não ficando mais restrita ao índice fechado de dezembro de cada ano.

No último Relatório de Inflação, divulgado no fim de março pelo Banco Central, a autoridade monetária elevou para 5,1% a previsão do IPCA para 2025, mas a estimativa pode ser revista, dependendo do comportamento do dólar e da inflação. O próximo relatório será divulgado no fim de junho.

As previsões do mercado estão mais pessimistas. De acordo com o boletim Focus, pesquisa semanal com instituições financeiras divulgada pelo BC, a inflação oficial deverá fechar o ano em 5,25%, quase 1 ponto acima do teto da meta. Há um mês, as estimativas do mercado estavam em 5,5%.

O comunicado do Copom trouxe as expectativas atualizadas do Banco Central sobre a inflação. A autoridade monetária prevê que o IPCA acumulado em 12 meses chegará a 4,9% em 2025 (acima do teto da meta) e 3,6% no fim de 2026. Isso porque o Banco Central trabalha com o que chama de “horizonte ampliado”, considerando o cenário para a inflação em até 18 meses.

O Banco Central aumentou levemente as estimativas de inflação deste ano e manteve a do próximo. Na reunião anterior, de novembro, o Copom previa IPCA de 4,8% em 2025 e de 3,6% em 12 meses no fim do segundo trimestre de 2026.

Crédito mais caro

O aumento da taxa Selic ajuda a conter a inflação. Isso porque juros mais altos encarecem o crédito e desestimulam a produção e o consumo. Por outro lado, taxas maiores dificultam o crescimento econômico. No último Relatório de Inflação, o Banco Central reduziu para 1,9% a projeção de crescimento para a economia em 2025.

O mercado projeta crescimento melhor. Segundo a última edição do boletim Focus, os analistas econômicos preveem expansão de 2,2% do PIB em 2025.

A taxa básica de juros é usada nas negociações de títulos públicos no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) e serve de referência para as demais taxas de juros da economia. Ao reajustá-la para cima, o Banco Central segura o excesso de demanda que pressiona os preços, porque juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança.

Ao reduzir os juros básicos, o Copom barateia o crédito e incentiva a produção e o consumo, mas enfraquece o controle da inflação. Para cortar a Selic, a autoridade monetária precisa estar segura de que os preços estão sob controle e não correm risco de subir.

Fonte: Agência Brasil

STF mantém prisão de Marcelo Câmara, ex-assessor de Bolsonaro

O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu nessa quinta-feira (19) manter a prisão de Marcelo Câmara, um dos réus da trama golpista e ex-assessor do ex-presidente da República Jair Bolsonaro.

A decisão foi tomada durante audiência de custódia realizada pelo gabinete do ministro Alexandre de Moraes.

A prisão de Câmara foi determinada ontem (quarta-feira, 18/06) após o ministro entender que o ex-assessor de Bolsonaro descumpriu uma medida cautelar que o proibia de usar redes sociais, mesmo com a intermediação de advogados.

Na terça-feira (17), o advogado de Câmara, Eduardo Kuntz, informou ao Supremo que foi procurado pelo ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, Mauro Cid, por meio das redes sociais. 

Para o ministro, ao interagir com Cid, o defensor “transbordou ilicitamente das obrigações legais de advogado”. Moraes também determinou a abertura de um inquérito para apurar a tentativa de obstrução da investigação da trama golpista por parte do advogado.

Câmara está preso nas instalações do Batalhão de Polícia do Exército, em Brasília. Ele tem direito a ficar custodiado nas instalações da força por ser coronel.

Fonte: Agência Brasil

Presidência da COP30 propõe agenda de ação global para conferência

A presidência brasileira da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática (COP30), encabeçada pelo embaixador André Corrêa do Lago, divulgou, nesta sexta-feira (20), uma nova carta propondo a definição de uma agenda de ação global a ser adotada pelos países signatários da Convenção do Clima (UNFCCC, na sigla em inglês).

A proposta inclui 30 ações concretas divididas em seis eixos como uma estratégia para a implementação do Balanço Global (GST, na sigla em inglês) do Acordo de Paris, documento de avaliação das metas do tratado multilateral.

O documento propõe que o GST passe a ser uma espécie de Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC, na sigla em inglês), para a escala global, e descreve a agenda de ações como “um reservatório de iniciativas que conectem ambição climática a oportunidades de desenvolvimento, por meio de investimentos, inovação, finanças, tecnologia e capacitação.”

Segundo o a inovação da proposta ocorre na inversão do processo adotado nas COPs anteriores, quando a construção da agenda era parte do processo de negociação. Neste ano, a ideia é que os debates já partam dos temas aprovados no GST, avançando para a implementação com a legitimidade do consenso.

Os seis eixos apresentados são:

  • Transição energética, da indústria e dos transportes;
  • Gestão das florestas, oceanos e biodiversidade;
  • Transformação da agricultura e dos sistemas alimentares;
  • Criação de resiliência para as cidades, infraestruturas e oferta de água;
  • Promoção do desenvolvimento humano e social;
  • Promoção e aceleração de capacidades, incluindo financiamento, transferência tecnológica, fortalecimento e desenvolvimento de habilidades.

Somam-se à iniciativa todas as outras estruturas pensadas para o funcionamento da COP30. O encontro será realizado em Belém em novembro. “Primeiro a mobilização, a reunião dos chefes de Estado, a negociação em si e a agenda de ação em que nós estamos identificando uma fortíssima oportunidade para a gente conseguir acelerar a implementação”, ressalta Corrêa do Lago.

O documento destaca ainda que a síntese do Sexto Relatório de Avaliação do Painel Intergovernamental sobre Alterações Climáticas (IPCC) – iniciativa que reúne cientistas para monitoramento das mudanças climáticas – aponta que a participação de todos os setores globais, além dos governos signatários dos acordos climáticos, aumenta os benefícios alcançados em cascata, de forma transversal, evitando medidas isoladas e fragmentadas com impacto limitado.

Diante dessa avaliação, Corrêa do Lago afirma que a agenda de ações passa a ser uma oportunidade para atores que não atuam diretamente na mesa de negociações, como governos subnacionais, setor privado, academia e sociedade civil, tomarem a frente das iniciativas. “Muitas vezes é o setor privado, por exemplo, que se antecipa ao governo na implementação dos acordos”, ressalta.

O documento orienta ainda que essas medidas devem ser pensadas com flexibilidade e adaptabilidade aos diferentes contextos geográficos, econômicos e sociais.

“A natureza multifacetada do desafio climático exige que as soluções inovadoras sejam adaptadas de acordo com as circunstâncias regionais, nacionais e locais para beneficiar mais comunidades e países”, reforça a carta assinada por Corrêa do Lago.

De acordo com a carta, haverá uma “consulta inclusiva” com participação de todos os setores, que será liderada pelos dois Campeões de Alto Nível da COP29 e da COP30, Nigar Arpadarai e Dan Ioschpe, com o objetivo de definir uma visão e um plano para os próximos cinco anos da agenda de ação. Serão criados também grupos de trabalho em cada área temática durante a construção dos resultados da COP30.

“As principais reclamações sobre o processo de negociação são que a gente assina documento e nada acontece, então a arquitetura que está pensada para viabilizar a implementação do GST, aprovado por 198 países, prevê ainda 420 reuniões para a COP30”, complementa o presidente designado da COP30.

Confira as 30 ações propostas pela presidência da COP30 para a implementação do Balanço Global, divididas por eixos:

Eixo 1

1. Triplicar as energias renováveis e duplicar a eficiência energética,
2. Acelerar as tecnologias de emissões zero e baixas em setores críticos,
3. Garantir o acesso universal à energia e
4. Abandonar os combustíveis fósseis, de forma justa, ordenada e equitativa.

Eixo 2

5. Investimentos para acabar e reverter o desmatamento e a degradação florestal,
6. Esforços para conservar, proteger e restaurar a natureza e os ecossistemas com soluções para o clima, a biodiversidade e a desertificação, e
7. Esforços para preservar e restaurar os oceanos e os ecossistemas costeiros.

Eixo 3

8. Recuperação de terras e agricultura sustentável,
9. Sistemas alimentares mais resistentes, adaptáveis e sustentáveis, e
10. Acesso equitativo a alimentos e nutrição adequados para todos.

Eixo 4

11. Governança em vários níveis,
12. Construções e edifícios sustentáveis e resilientes,
13. Desenvolvimento urbano resiliente, mobilidade e infraestruturas,
14. Gestão da água e
15. Gestão dos resíduos sólidos.

Eixo 5

16. Promoção de sistemas de saúde resilientes,
17. Redução dos efeitos das mudanças climáticas na erradicação da fome e da pobreza,
18. Educação, capacitação e criação de emprego para fazer face às mudanças climáticas,
19. Cultura, patrimônio cultural, e ação climática.

Eixo 6

20. Financiamento climático e sustentável, integração do clima nos investimentos e seguros,
21. Contratos públicos integrados no clima,
22. Harmonização dos mercados de carbono e das normas de contabilização do carbono,
23. Clima e comércio,
24. Redução de gases além do CO2,
25. Desenvolvimento e acesso a tecnologias climáticas,
26. Governança, capacitação de estatais e reforço institucional para a ação climática, planejamento e preparação,
27. Inteligência artificial, infraestruturas públicas digitais e tecnologias digitais,
28. Inovação, empreendedorismo climático e pequenas e microempresas,
29. Bioeconomia e biotecnologia,
30. Integridade da informação sobre mudanças climáticas.

Fonte: Agência Brasil

Moraes manda prender homem que quebrou relógio do Planalto

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), mandou prender o mecânico Antônio Cláudio Alves Ferreira, condenado a 17 anos de prisão por participar da invasão ao Palácio do Planalto durante os atos golpistas de 8 de janeiro de 2023 e destruir um relógio histórico do século 17. A decisão foi proferida na noite de ontem (19).

O ministro derrubou a liminar concedida pelo juiz Lourenço Migliorini Fonseca Ribeiro, da Vara de Execuções Penais (VEP) de Uberlândia, que concedeu regime semiaberto ao condenado. Antônio Cláudio estava preso desde janeiro de 2023 e foi solto na terça-feira (17).

Ao revogar a liberdade concedida ao mecânico, Moraes disse que o magistrado não tinha competência legal para conceder o benefício. Segundo o ministro, somente o STF pode decidir questões processuais relacionadas aos apenados pelos atos golpistas.

“O juiz proferiu decisão fora do âmbito de sua competência, não havendo qualquer decisão desta Suprema Corte que tenha lhe atribuído a competência para qualquer medida a não ser a mera emissão do atestado de pena”, disse o ministro.

Além disso, Moraes afirmou que o mecânico ainda não tem direito à progressão de regime. “O réu é primário e foi condenado por crimes cometidos com violência e grave ameaça, de modo que a sua transferência para o regime semiaberto só poderia ser determinada – e exclusivamente por esta Suprema Corte – quando o preso tivesse cumprido ao menos 25% da pena”, completou Moraes.

Diante da decisão ilegal, Moraes também determinou o que juiz seja investigado.

“A conduta do juiz de direito Lourenço Migliorini Fonseca Ribeiro, deve, portanto, ser devidamente apurada pela autoridade policial no âmbito deste Supremo Tribunal Federal”, determinou.

No ano passado, Antônio foi condenado pela Corte a 17 anos de prisão pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, dano do patrimônio tombado e associação criminosa armada.

Durante a tramitação do processo, o réu prestou depoimento e confessou que esteve no Palácio do Planalto e danificou o relógio. Após os atos, ele fugiu para Uberlândia e foi preso pela Polícia Federal.

Produzido pelo francês Balthazar Martinot, o relógio danificado pelo condenado foi dado de presente ao imperador Dom João VI pela corte francesa em 1808 e fazia parte do acervo da Presidência da República.

No início deste ano, o Palácio do Planalto anunciou que o relógio foi recuperado. O processo de reparação contou com auxílio de uma relojoaria suíça.

Fonte: Agência Brasil

Embaixada começa a identificar brasileiros que querem deixar Israel

A Embaixada do Brasil em Tel Aviv, Israel, deu início ao processo de identificação dos brasileiros que desejam sair do país, em razão do recente conflito com o Irã, iniciado dia 13 de junho. Em um alerta consular divulgado hoje (20) a representação diplomática disse que monitora os efeitos dos ataques de mísseis e demais projéteis contra o território israelense e divulgou um formulário para preenchimento dos brasileiros em Israel.

“De modo a permitir a identificação e localização atualizadas de brasileiros que se encontram em Israel e que tenham intenção de deixar o país, a embaixada solicita que seja preenchido o formulário abaixo indicado”, diz o comunicado.

formulário deve ser respondido por pessoa, independentemente da idade. Entretanto, a embaixada disse que, até o momento, “não há um plano para eventual operação de repatriação ou evacuação de brasileiros a partir de Israel.

Por decisão do governo de Israel, o Aeroporto Ben-Gurion e o espaço aéreo israelense permanecem fechados a todos os voos, sem previsão de reabertura, exceto para voos com permissão prévia excepcional, concedida pela Autoridade de Aviação Civil de Israel (ICAA) e pelo centro de operações do respectivo aeroporto internacional.

O alerta consular diz ainda que os brasileiros que têm a intenção de deixar o país através de fronteiras terrestres deverão fazê-lo por meios próprios. Neste momento, os postos de fronteira terrestre encontram-se operacionais, seguindo horários determinados e que podem ser consultados na página que traz informações sobre pagamento de taxas e demais orientações.

A embaixada orienta avaliar os riscos da empreitada e seguir, com atenção especial, às regras de segurança pertinentes e a eventuais exigências de visto nos países para os quais tencionam se deslocar. “A assistência consular possível nesses casos é limitada”, diz o comunicado.

Na quinta-feira (18), o governo israelense, por meio do Comando da Frente Interna de Israel (Homefront Command/Pikud HaOref), decidiu reduzir o nível de alerta na maior parte do país para estado de Atividade Limitada. A decisão, vigorará, a princípio, até às 20h deste sábado (20).

O comando também estabelece os horários de funcionamento dos postos de fronteira e a restrições de segurança, que estão sujeitos a alterações a qualquer momento, de acordo com a evolução do cenário de segurança.

“Recomenda-se, portanto, verificar continuamente as fontes oficiais aqui indicadas antes de qualquer deslocamento”, diz o alerta.

A Embaixada do Brasil em Tel Aviv reitera ainda o Alerta Consular, vigente desde outubro de 2023, que recomenda evitar viagens não essenciais a Israel.

Fonte: Agência Brasil

Irã diz que não haverá negociações nucleares sob fogo israelense

O Irã disse nesta sexta-feira (20) que não discutirá o futuro de seu programa nuclear enquanto estiver sob ataque de Israel, ao passo que a Europa tentava persuadir Teerã a voltar às negociações e os Estados Unidos consideravam a possibilidade de se envolver no conflito.

Uma semana depois de começar a atacar o Irã, os militares de Israel disseram que realizaram novos ataques a dezenas de alvos militares durante a noite, incluindo locais de produção de mísseis e uma organização de pesquisa envolvida no desenvolvimento de armas nucleares em Teerã.

O Irã lançou pelo menos uma nova barragem de mísseis na madrugada desta sexta-feira, atingindo apartamentos residenciais, prédios de escritórios e instalações industriais na cidade de Beersheba, no sul de Israel.

A Casa Branca disse na quinta-feira (19) que o presidente Donald Trump decidiria “se vai ou não vai” envolver os EUA no conflito nas próximas duas semanas, citando a possibilidade de negociações envolvendo o Irã em um futuro próximo.

O ministro das Relações Exteriores do Irã, Abbas Araqchi, disse nesta sexta-feira que não há espaço para negociações com a superpotência aliada de Israel, os Estados Unidos, “até que a agressão israelense pare”.

Mas ele deverá se reunir com os ministros das Relações Exteriores da Europa em Genebra no final desta sexta-feira para conversações nas quais a Europa espera estabelecer um caminho de volta à diplomacia sobre o programa nuclear do Irã.

Dois diplomatas disseram, antes da reunião envolvendo França, Reino Unido, Alemanha e a chefe de política externa da União Europeia, que Araqchi seria informado de que os EUA ainda estão abertos a conversações diretas. As expectativas de um avanço são baixas, segundo os diplomatas.

Israel começou a atacar o Irã na última sexta-feira, dizendo que seu inimigo de longa data estava prestes a desenvolver armas nucleares. O Irã, que afirma que seu programa nuclear é apenas para fins pacíficos, retaliou com ataques de mísseis e drones contra Israel.

Acredita-se amplamente que Israel tenha armas nucleares, embora o país não negue nem confirme.

Os ataques aéreos israelenses mataram 639 pessoas no Irã, de acordo com a Human Rights Activists News Agency, uma organização de direitos humanos com sede nos EUA que acompanha o Irã. Entre os mortos estão membros do alto escalão das Forças Armadas e cientistas nucleares.

Israel disse que, pelo menos, duas dúzias de civis israelenses foram mortos em ataques com mísseis iranianos.

A Reuters não conseguiu verificar de forma independente o número de mortos de nenhum dos lados. Os detalhes das vítimas dos últimos ataques não foram conhecidos imediatamente.

Civis Mortos

Ambos os lados afirmam que estão atacando alvos militares e relacionados à defesa, mas civis também foram pegos no fogo cruzado e cada lado acusou o outro de atingir hospitais.

Um site de notícias iraniano disse que um drone havia atingido um apartamento em um prédio residencial no centro de Teerã na sexta-feira, mas não deu detalhes.

Os ataques de Israel às instalações nucleares do Irã até agora representam apenas riscos limitados de contaminação, segundo especialistas. Mas eles alertam que qualquer ataque à usina nuclear de Bushehr poderia causar um desastre nuclear.

Israel afirma que está determinado a destruir as capacidades nucleares do Irã, mas que deseja evitar qualquer desastre nuclear em uma região habitada por dezenas de milhões de pessoas e que produz grande parte do petróleo do mundo.

A reunião em Genebra estava prevista para começar na tarde de sexta-feira. A cidade suíça foi onde um acordo inicial foi firmado em 2013 para restringir o programa nuclear do Irã em troca do levantamento das sanções. Um acordo abrangente foi firmado em 2015.

Trump retirou os EUA do acordo em 2018. Uma nova série de negociações entre o Irã e os EUA entrou em colapso quando Israel lançou o que chamou de Operação Leão Ascendente contra as instalações nucleares e as capacidades balísticas do Irã em 12 de junho.

Trump tem alternado entre ameaçar Teerã e instar o país a retomar as negociações nucleares. Seu enviado especial para a região, Steve Witkoff, conversou com Araqchi várias vezes desde a semana passada, segundo fontes.

O Oriente Médio tem estado no limite desde que o grupo militante palestino Hamas o atacou Israel em outubro de 2023, desencadeando a guerra de Gaza, e Israel tem lutado em várias frentes contra os aliados regionais do Irã.

Autoridades ocidentais e regionais dizem que Israel está tentando destruir o governo do líder supremo, o aiatolá Ali Khamenei.

O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu disse na quinta-feira que “a queda do regime… pode ser um resultado, mas cabe ao povo iraniano lutar por sua liberdade”.

Os grupos de oposição iranianos acham que seu tempo pode estar próximo, mas os ativistas envolvidos em protestos anteriores dizem que não estão dispostos a desencadear uma agitação em massa com sua nação sob ataque, e as autoridades iranianas têm reprimido duramente a dissidência.

“Como as pessoas podem sair às ruas? Em circunstâncias tão horríveis, as pessoas estão concentradas apenas em salvar a si mesmas, suas famílias, seus compatriotas e até mesmo seus animais de estimação”, disse Atena Daemi, uma importante ativista que passou seis anos na prisão antes de deixar o Irã.

Fonte: Agência Brasil

Moraes vota para condenar acusado de liderar acampamento golpista

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), votou nesta sexta-feira (20) pela condenação de Diego Dias Ventura a 14 anos de prisão pela participação nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023. 

O voto do ministro foi proferido no julgamento virtual da denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra Diego, que foi acusado de atuar como um dos líderes do acampamento golpista que foi instalado em frente ao quartel do Exército, em Brasília.

De acordo com a manifestação de Moraes, Diego atuou na coordenação da logística do acampamento e participou dos atos golpistas na Praça dos Três Poderes.

Para o ministro, o acusado também deve pagar R$ 30 milhões pelos danos causados pela depredação. O valor deverá ser dividido com os demais condenados pelas invasões. 

“O réu Diego Dias Ventura, após regular investigação, teve seu aparelho celular apreendido, sendo possível extrair conteúdos de mensagens e áudios compartilhados em diversos grupos de WhatsApp, nos quais atuava na coordenação da logística do acampamento instalado em frente ao Quartel-General do Exército em Brasília, promovia arrecadação de recursos financeiros e articulava ações entre os participantes”, disse o ministro.

Em 2023, Diego chegou a ser preso, mas ganhou o direito de responder ao processo em liberdade.

A votação ocorre no plenário virtual da Primeira Turma da Corte e ficará aberta até segunda-feira (30).

Faltam os votos dos ministros Flávio Dino, Cármen Lúcia, Luiz Fux e Cristiano Zanin.

Defesa

Na manifestação enviada ao STF, os advogados de Diego Ventura defenderam a absolvição por falta de provas. Segundo a defesa, o acusado participou de uma “manifestação pacífica em Brasília” e não tem vínculo com atos de violência praticados por outras pessoas.

Fonte: Agência Brasil

Moraes vota por condenar acusado de furtar bola autografada por Neymar

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), votou nesta sexta-feira (20) pela condenação de Nelson Ribeiro Fonseca Júnior a 17 anos de prisão pela participação nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023.

O voto do ministro foi proferido no julgamento virtual da denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR). Nelson foi acusado de invadir o Congresso Nacional e furtar uma bola autografada pelo jogador Neymar. A peça estava no museu da Câmara dos Deputados.

No dia 28 de janeiro de 2023, o acusado se apresentou à Policia Federal em Sorocaba (SP) e devolveu a bola. Em depoimento aos policiais, Nelson disse que encontrou a bola no chão, fora do recipiente de proteção, e que pegou o objeto para “protegê-lo e devolvê-lo posteriormente”.

Ao votar pela condenação do réu, Moraes disse que o acusado confessou ter furtado na bola, bem pertencente ao patrimônio público da União.

“Importante destacar que o reconhecimento do arrependimento posterior não afasta a tipicidade da conduta nem exclui a responsabilidade penal do agente”, entendeu o ministro.

Moraes também entendeu que o acusado deve pagar R$ 30 milhões pelos danos causados pela depredação. O valor deverá ser dividido solidariamente com os demais condenados pelas invasões.

A condenação envolve os crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, deterioração do patrimônio tombado, associação criminosa e furto qualificado.

A votação ocorre no plenário virtual da Primeira Turma da Corte e ficará aberta até segunda-feira (30).

Faltam os votos dos ministros Flávio Dino, Cármen Lúcia, Luiz Fux e Cristiano Zanin.

Defesa

A defesa de Nelson Ribeiro pediu no STF a absolvição do acusado. De acordo com os advogados, não houve ampla defesa e contraditório durante a tramitação do processo. Além disso, a defesa afirmou que a Corte não tem competência legal para julgar o caso.

Fonte: Agência Brasil