quarta-feira, dezembro 17, 2025
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DPU defende rejeição de denúncia da PGR contra Eduardo Bolsonaro

A Defensoria Pública da União (DPU) enviou nesta sexta-feira (31) ao Supremo Tribunal Federal (STF) pedido de rejeição da denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) no inquérito sobre o tarifaço dos Estados Unidos contra o Brasil.

A manifestação foi enviada à Corte após o ministro Alexandre de Moraes determinar que a defensoria assuma a defesa do deputado, que está nos Estados Unidos, e não constituiu advogado para se defender das acusações.

Para a DPU, a acusação contra Eduardo se baseia em manifestações públicas e constituem “exercício legítimo da liberdade de expressão e do mandato parlamentar”.

“As sanções econômicas mencionadas na denúncia foram aplicadas pelo governo dos Estados Unidos, não pelo denunciado. Atos de governo estrangeiro são expressão de soberania nacional e não decorrem de determinação de parlamentar brasileiro”, argumentou a defensoria.

O deputado é acusado de fomentar as sanções comerciais do governo do presidente Donald Trump contra as exportações brasileiras, a aplicação da Lei Magnisky e a suspensão de vistos dos ministros do STF e integrantes do governo federal.

Eduardo deixou o Brasil em fevereiro deste ano e solicitou licença do mandato de 120 dias, que terminou no dia 20 de julho. Ao não comparecer às sessões da Câmara, o deputado poderá ser cassado por faltas. 

Fonte: Agência Brasil

Haddad defende asfixiar fontes de financiamentos do crime organizado

É preciso “asfixiar as fontes de financiamento” para se combater adequadamente o crime organizado. Defendeu o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, durante entrevista à imprensa para comentar sobre os resultados finais da Operação Fronteira da Receita Federal, na tarde desta sexta-feira (31), em São Paulo.

“A gente tem falado muito para os governantes que, além da questão territorial e além de cumprir mandado de prisão, que são importantes, se não asfixiar o financiamento do crime organizado não vai dar certo. Nós temos que entrar por cima, combatendo e asfixiando o financiamento do crime organizado”, afirmou.

“Não adianta só o chão de fábrica, nós precisamos chegar nos CEOs. Os CEOs do crime organizado precisam pagar também pelo que fazem. Se não chegar na gerência, na diretoria, no CEO, você terá esse dinheiro voltando a abastecer o crime organizado”, ressaltou, Haddad.

A fala do ministro ocorre na mesma semana em que foi desencadeada uma operação policial no Rio de Janeiro contra a organização criminosa Comando Vermelho e que terminou com a morte de mais de uma centena de pessoas, o que gerou críticas e repercussão internacional.

Para o titular da Fazenda, não adianta realizar o combate somente dentro das comunidades se o comando do crime organizado não for asfixiado.

“Você vai na comunidade imaginando que você está combatendo o crime organizado e o verdadeiro bandido está em outro lugar, está em outro país, usufruindo da riqueza acumulada ilicitamente, ao arrepio da lei brasileira e aliciando jovens, ceifando vidas, colocando a população em risco. É isso que nós precisamos compreender. Nós precisamos atuar em todas as camadas do crime”, disse.

Pedido a Cláudio Castro

Durante a entrevista, o ministro fez um pedido especial ao governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, falando que é preciso que o PL, partido do qual Castro faz parte, aprove a lei do devedor contumaz. Essa lei torna mais rígida as regras para os chamados devedores contumazes, como aquele que usa a inadimplência fiscal como estratégia de negócio, deixando de pagar os tributos de forma reiterada e sem justificativa.

“Estou fazendo um apelo para que o governador convença a bancada do Rio de Janeiro do seu partido a votar a favor da lei do devedor contumaz, porque repito, nós temos que trabalhar em todas as camadas da atuação do crime organizado”, disse . “O PL precisa compreender a importância desse projeto que estava adormecido”, completou Haddad.

Devedores contumazes

Segundo Haddad, muitos desses devedores contumazes do país estão envolvidos com a criminalidade no Rio de Janeiro. “O devedor contumaz é uma palavra chique para falar do sonegador. E, por trás do sonegador, o que tem na verdade é o crime organizado”, destacou.

No entendimento de Haddad, “o devedor contumaz é um tipo de sonegador que se vale de estratégias jurídicas e fraudulentas para evitar que a Receita Federal e as Polícias Federal e Civil cheguem nas pessoas que estão lavando dinheiro em supostas atividades lícitas”, explicou.

“Em geral, a origem do dinheiro do crime organizado é ilícita e ele procura misturá-la com atividades lícitas para lavar dinheiro. É o que acontece com o posto de gasolina, com os motéis da região das Marginais [Pinheiros e Tietê] que foram interditados aqui em São Paulo”, completou o ministro.

Fundos/CPFs

Para ajudar a combater esse crime organizado, Haddad informou que a Receita Federal publicou hoje uma instrução normativa que obriga os fundos a divulgarem os CPFs dos beneficiários. “Agora todos os fundos vão ser obrigados a dizer até o CPF. Então, se houver um esquema aí de pirâmide, de fundo que controla fundo que controla fundo, você vai ter que chegar no CPF da pessoa”, disse.

“Com essa determinação da Receita Federal, agora nós vamos saber o CPF que está por trás, a pessoa que está por trás. Vamos saber se é um laranja, se é um residente, se é um não-residente. Nós vamos saber exatamente quem é essa pessoa e vamos aumentar o nosso poder fiscalizador”, acrescentou Haddad.

Operação Fronteira

Ao falar dos resultados finais da Operação Fronteira, que teve início no dia 22 de outubro e, segundo a Receita Federal, foi a maior iniciativa de vigilância e repressão em pontos de fronteira terrestres, marítimos e aéreos utilizados em rotas de contrabando, descaminho e crimes como tráfico de drogas, de armas e de animais, Haddad informou que, nos últimos 15 dias, foram presas 27 pessoas, apreendidos 213 mil litros de bebida adulterada e mais de 3 toneladas de drogas.

Isso foi feito com a ajuda dos governadores do Paraná, de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e com todo o aparato federal combinado, integrados. Não teve tiro, não teve morte. Apreendemos mais de mil armas do crime organizado. Nós descobrimos um plano de furto dessas armas que agora estão sob guarda das Forças Armadas. Nós interditamos um prédio de 20 andares com mercadorias ilícitas em Belo Horizonte. Tudo isso foi feito com parceria federativa, sem olhar para partido político de quem quer que seja, fazendo com que os órgãos de estado trabalhassem cooperativamente nas regiões de fronteira”, destacou.

A Receita Federal informou que a operação, concluída hoje, foi realizada em 60 municípios de 20 estados. Os agentes retiraram de circulação mais de R$ 160 milhões em mercadorias ilegais. Cumpriram também 27 prisões em flagrante de suspeitos de envolvimento com tráfico de drogas e contrabando. Além disso, foi apreendida uma aeronave que levava mais de 500 smartphones de alto valor.

Além da Receita Federal, participaram da Operação Fronteira diversas instituições de segurança pública, fiscalização e defesa, como o Exército Brasileiro, Marinha do Brasil, Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Polícias Rodoviárias Estaduais, Polícia Militar, Polícia Civil e Guardas Municipais. Outros órgãos de controle como Ibama, Mapa, Anac, Anatel e Anvisa também integram a iniciativa.

Fonte: Agência Brasil

Lula assina Projeto de lei Antifacção e envia ao Congresso

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou, nesta sexta-feira (31), o projeto de lei Antifacção para ser encaminhado ao Congresso Nacional ainda hoje em regime de urgência.

A Secretaria de Comunicação do governo confirmou a informação nesta tarde à imprensa, havendo apenas “pequenos ajustes de redação” ao texto que foi elaborado pelo Ministério da Justiça e da Segurança Pública.

A proposta é levada ao Legislativo depois dos resultados da Operação Contenção, que deixou 121 mortos no Rio de Janeiro. 

Conforme havia sido informado pelo ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, a proposta inclui agravar a pena para lideranças e integrantes de organizações criminosas.

Os condenados pelo crime de “organização criminosa qualificada”, que passaria a ser um novo tipo penal, poderão receber a pena de 30 anos de prisão. 

O texto prevê ainda a criação de um banco de dados nacional para ter uma espécie de catálogo de informações dessas facções com a finalidade de reunir informações estratégicas para investigação e rastreamento desses grupos. 

Outro ponto é adotar ações para diminuir os recursos financeiros das facções de maneira mais rápida.

Um exemplo seria a apreensão de bens, direitos ou valores do investigado, inclusive durante o curso do inquérito ou quando houver suspeita de que sejam produtos ou instrumento de prática de crimes.

Infiltração

Outra ação prevista pela proposta é a de infiltração de policiais e colaboradores na organização criminosa durante a investigação e até a possibilidade de criar pessoas jurídicas fictícias para facilitar a infiltração na organização criminosa

O projeto de lei ainda apresenta outra possibilidade, durante a investigação, ao autorizar o monitoramento dos encontros realizados entre presos provisórios ou condenados integrantes de organização criminosas

Penas de prisão

A proposta defende a necessidade de aumento de pena da organização criminosa simples, de 3 a 8 anos de prisão para de 5 a 10 anos. O agravamento ainda maior (de dois terços ao dobro) das penas ocorreria nos casos do tipo penal caracterizado como  “organização criminosa qualificada”. 

Entre os exemplos dessa característica, estão nos casos em que ficar comprovado o aliciamento de criança ou adolescente para o crime, ou mesmo quando a ação for funcionário público. Outra “qualificação” do crime organizado pode ser entendida nos casos de exercício de domínio territorial ou prisional pela organização criminosa.

São ainda situações de agravamento de pena o uso de arma de fogo de uso restrito ou proibido e quando houver morte ou lesão corporal de agente de segurança pública. Pelo projeto, o crime tipificado como de organização criminosa qualificada passa a ser considerado hediondo, ou seja, inafiançável.

Domínio territorial

O domínio territorial pelo crime organizado ocorre, conforme exemplifica o ministro da Justiça, em comunidades dominadas por facções, o que deixa os moradores vulneráveis. 

Banco de dados

Em relação ao banco de dados, a intenção é ter o máximo de detalhes, inclusive até o DNA das pessoas envolvidas com o crime organizado.

Lula defende tramitação rápida

O presidente Lula usou as redes sociais para defender a proposta.

“O projeto cria mecanismos que aumentam o poder do Estado e das forças policiais para investigar e asfixiar financeiramente as facções”, explicou o presidente.

Lula entende que a proposta do Executivo garante instrumentos que blindam os órgãos públicos da atuação de membros desse tipo de organizações criminosas. 

Ele aproveitou para argumentar também a favor da PEC da Segurança Pública, enviada ao Congresso em abril, em vista da possibilidade de ações integradas entre os órgãos federais, estaduais e municipais no combate aos criminosos. 

“As facções só serão derrotadas com o esforço conjunto de todas as esferas de poder. Diferenças políticas não podem ser pretexto para que deixemos de avançar”. 

Ele pediu ao Congresso que a tramitação seja rápida dos projetos. “As famílias brasileiras merecem essa dedicação”, finalizou o presidente.

Fonte: Agência Brasil

Sebrae Amazonas é reconhecido como um dos melhores lugares para trabalhar

Pelo terceiro ano consecutivo, o Sebrae Amazonas figura entre os vencedores do Prêmio Lugares Mais Incríveis para Trabalhar 2025, promovido pelo jornal Estadão em parceria com a FIA Business School. A iniciativa reconhece, com base em pesquisas de clima organizacional e práticas eficazes de gestão de pessoas, as instituições que oferecem os ambientes de trabalho mais inspiradores e bem estruturados do país.

Concorrendo na categoria “Empresas com até 300 colaboradores”, o Sebrae Amazonas reafirmou sua trajetória de excelência ao subir novamente no ranking nacional: após ocupar a 33ª posição em 2023 e a 21ª em 2024, alcançou a 13ª colocação em 2025, um marco que evidencia seu compromisso com a valorização de pessoas e a melhoria contínua.

“Esse reconhecimento é motivo de orgulho para todos nós. Ele reflete não apenas os resultados de uma gestão comprometida com o bem-estar dos colaboradores, mas também a cultura de respeito, inclusão e desenvolvimento que construímos ao longo dos anos. O Sebrae Amazonas é feito por pessoas que acreditam no poder da transformação e trabalham com propósito. Esse prêmio é uma conquista coletiva e reafirma que estamos no caminho certo”, destacou Antonio Silva, presidente do Conselho Deliberativo do Sebrae Amazonas.

A cerimônia de premiação foi realizada na noite de quarta-feira, 29 de outubro, na Expo Barra Funda, em São Paulo (SP), reunindo líderes e representantes das organizações mais admiradas do Brasil. Em 2025, a iniciativa contou com a participação de 454 empresas de todo o país, um crescimento de cerca de 30 organizações em comparação ao ano anterior, totalizando a participação de 224 mil funcionários.

A diretora-superintendente do Sebrae Amazonas, Ananda Pessôa, celebrou a conquista destacando o papel da equipe.

“Esse reconhecimento é fruto do cuidado genuíno que temos com as pessoas que fazem o Sebrae acontecer todos os dias. Investimos continuamente em um ambiente saudável, criativo e inclusivo, que valoriza a diversidade e o desenvolvimento humano”, explicou.

“Esse desempenho é resultado de um processo de melhoria contínua iniciado há alguns anos, com o empenho conjunto da diretoria, do nosso Conselho Deliberativo e de todos os colaboradores. Para o Sistema Sebrae no Brasil, essa conquista representa avanços significativos em qualidade de gestão e reafirma nossa excelência na prestação de serviços e no apoio aos empreendedores e às micro e pequenas empresas do Amazonas”, concluiu.

A diretora técnica do Sebrae Amazonas, Lamisse Cavalcanti, reforçou o impacto da cultura organizacional.

“Além de sermos referência no apoio aos pequenos negócios, mostramos que também somos exemplo de gestão interna. A nossa cultura é baseada em confiança, autonomia e propósito, o que atrai talentos e mantém nossas equipes engajadas”.

A diretora administrativa e financeira, Adrianne Antony, destacou os investimentos estratégicos que contribuíram para esse reconhecimento.

“Nos últimos anos, o Sebrae Amazonas tem investido fortemente em ações que colocam o colaborador no centro da estratégia. Criamos ambientes mais saudáveis, ampliamos os canais de escuta, fortalecemos a capacitação e promovemos oportunidades reais de crescimento profissional. Esse prêmio é reflexo de uma gestão que acredita que cuidar das pessoas é o melhor caminho para gerar impacto positivo na sociedade”.

Atualmente, o Sebrae Amazonas conta com agências de atendimento em Manaus e em mais nove municípios do estado: Tabatinga, Coari, Manacapuru, Tefé, Humaitá, Parintins, Itacoatiara, Santa Isabel do Rio Negro e Presidente Figueiredo. Com essas bases, o empreendedorismo é levado para as cidades e comunidades do entorno, alcançando todas as regiões do estado, os 62 municípios. A instituição opera com cerca de 240 colaboradores, entre efetivos, terceirizados e estagiários, que atuam com o propósito de transformar realidades por meio do empreendedorismo e da inovação.

Gestão humanizada

Nos últimos 10 anos, o Sebrae Amazonas tem promovido uma verdadeira transformação na gestão de pessoas, com foco em qualidade de vida, desenvolvimento profissional e valorização dos talentos internos. Entre os principais avanços estão:

Nova filosofia de gestão, baseada em alta performance e ciclos de desenvolvimento alinhados ao mercado;

Canais de escuta ativa, com rotinas de diálogo entre direção e colaboradores;

Ambiente saudável e acolhedor, com estrutura de apoio psicossocial e serviços disponíveis aos colaboradores;

Jornada do Colaborador, que integra ações profissionais e pessoais para elevar o nível de satisfação interna e potencializar o desempenho;

Capacitação contínua, com programas de formação técnica e comportamental;

Gestão de carreira transparente, baseada em desempenho, cultura de feedbacks, critérios técnicos e meritocracia;

Infraestrutura moderna, que garante conforto, funcionalidade e bem-estar no ambiente de trabalho.

Esse conjunto de ações tem impactado diretamente a vida dos profissionais que atuam na instituição. Para Célio Matos, colaborador com 32 anos de trajetória no Sebrae Amazonas, o reconhecimento é motivo de orgulho e realização.

“Trabalhar no Sebrae é saber que você faz parte de algo maior. Aqui, somos ouvidos, valorizados e incentivados a crescer. É gratificante ver que esse cuidado com as pessoas está sendo reconhecido nacionalmente. Essa trajetória foi marcada por conquistas pessoais e profissionais: realizei o sonho da casa própria, eduquei meus três filhos e sigo contribuindo para o desenvolvimento de empreendedores e da sociedade”.

FIA

A pesquisa tem como objetivo aprofundar o entendimento sobre a jornada do colaborador, oferecendo subsídios para que as empresas tomem decisões mais assertivas em relação à gestão de pessoas, ao identificar seus pontos fortes e desafios. O fortalecimento do ambiente corporativo passa pelo monitoramento contínuo do clima organizacional, com práticas e incentivos alinhados às reais necessidades dos colaboradores.

“Ao ser reconhecida como um dos lugares mais incríveis para trabalhar, os benefícios são vários: muita valorização da marca empregadora, e os melhores talentos também buscam essas empresas como oportunidades; melhores resultados financeiros, pois as empresas premiadas também são sinônimo de maior produtividade e satisfação, que andam juntas; uso estratégico de resultados, direcionando ações voltadas às pessoas de forma mais assertiva, e valorização da própria área de RH, que ganha reputação interna e consegue levar dados precisos e confiáveis para a alta gestão”, destacou a coordenadora da pesquisa da FIA, Lina Nakata.

Foto: Divulgação / Sebrae Amazonas.

TRE-AM entrega nova sede do Cartório Eleitoral em Nhamundá

A presidente do Tribunal Regional Eleitoral do Amazonas (TRE-AM), desembargadora Carla Reis, inaugurou, nesta quinta-feira (30/10), a nova unidade da 43ª Zona Eleitoral, no município de Nhamundá, distante 375 quilômetros da capital.

A desembargadora destacou o compromisso do TRE-AM em garantir melhores condições de trabalho e atendimento em todas as zonas eleitorais do Estado. “Cada nova sede entregue representa mais dignidade, conforto e eficiência para servidores, magistrados e cidadãos amazonenses no exercício da cidadania. Estamos investindo em espaços modernos, acessíveis e sustentáveis, que refletem o cuidado da Justiça Eleitoral com as pessoas e com o meio ambiente. Nosso objetivo é oferecer um ambiente de trabalho mais acolhedor e um atendimento cada vez mais humanizado à população”, afirmou.

Antes localizada no bairro Santo Antônio, a unidade ganhou nova sede na rua Furtado Belém, no centro do município, próximo à área portuária, facilitando o atendimento, especialmente, dos ribeirinhos que se utilizam de embarcações para chegar à cidade. Ao todo, o cartório atende mais de 16 mil eleitores, que residem na sede do município e nas comunidades do entorno.

Com 246 m² de área construída, o novo prédio conta com dois andares planejados para oferecer conforto, acessibilidade e eficiência no atendimento à população. Segundo o chefe do cartório, João Marcos, a capacidade de atendimento ao público será ampliada com a mudança. “No prédio anterior, a capacidade era de dois atendimentos de eleitores, enquanto três aguardavam. Agora, serão quatro atendimentos simultâneos e espaço para até 18 eleitores na espera”, explicou o servidor.

O projeto arquitetônico foi desenvolvido pela equipe de engenharia do TRE-AM, formada pelos engenheiros civis Luiz André Pinheiro, Luciano Albuquerque e Paulo Vieira, em parceria com a empresa S Becker Consultoria e Projetos. “Todo o processo seguiu as normas do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), com foco no gerenciamento adequado dos resíduos sólidos e no uso responsável de materiais”, explicou. Ele acrescentou: “A proposta priorizou os princípios de acessibilidade universal, conforme a NBR 9050 da ABNT, com a implantação de sinalização tátil de piso (alerta e direcional), vãos de portas com largura mínima de 80 cm, rampa de acesso com corrimão e sanitário público acessível”, salientou Luiz André.

Estrutura do novo prédio

No térreo estão os espaços de atendimento ao público, sala de audiência, depósito de urnas eletrônicas e banheiro acessível. No andar superior, ficam as salas do juiz eleitoral, chefe de cartório, apoio administrativo, depósito, arquivo e áreas de convivência para os servidores.

A fachada moderna se destaca pelo uso de volumes arquitetônicos sobrepostos, resultando em uma identidade visual contemporânea, funcional e alinhada ao padrão adotado em outras obras recentes do TRE-AM.

Na foto: Desembargadora Carla Reis ao lado da prefeita de Nhamundá, Marina Pandolfo; da juíza do município, Rebeca Aufiero; e da diretora-geral do TRE-AM, Cynthia Mouta (da esquerda para a direita).

Foto: Gustavo Duque/Divulgação

CNC destaca inclusão de jovens como pilar essencial de ESG em conferência internacional

A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), por meio de sua especialista em sustentabilidade, Thainy Bressan, marcou presença na Conferência Internacional da Aliança para a Formação Dual da América Latina e Caribe 2025. O evento, sediado pelo Departamento Nacional do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac-DN), no Rio de Janeiro, reuniu líderes e especialistas para debater o futuro da educação profissional e a inserção de jovens no mercado de trabalho, com foco na Formação Dual. O presidente do Sistema CNC-Sesc-Senac, José Roberto Tadros, participou da abertura oficial do evento.

A conferência, que ocorreu de 22 a 24 de outubro, teve como tema principal Formação Dual que Transforma: Conectando Talentos, Empresas e Futuro. O Senac-DN, assumindo a Presidência pro tempore da Aliança, reforçou seu compromisso com a melhoria da qualidade da educação profissional e a facilitação do acesso dos jovens ao mercado de trabalho, contando com o apoio de instituições como o Instituto Federal Alemão de Educação e Formação Profissional (BIBB) e do Centro Interamericano para o Desenvolvimento do Conhecimento na Formação Profissional (Cintefor-OIT).

CNC lidera debate sobre ESG e inclusão de jovens

Um dos pontos altos da conferência foi a mesa-redonda Formação Dual com Propósito: Inclusão de Jovens como Pilar do ESG Empresarial, que teve participação da especialista em sustentabilidade da CNC. Realizado no dia 23 de outubro, o debate explorou a profunda convergência entre os programas de aprendizagem profissional e o pilar social (S) da agenda ESG (Environmental, Social and Governance – em português: Ambiental, Social e Governança).

Com a CNC, a mesa reuniu representantes de grandes empresas, como Arcos Dourados, Marriott e Rede D’Or, demonstrando a transversalidade do tema e a importância do engajamento do setor produtivo. Em sua fala, Thainy Bressan enfatizou a visão da Confederação sobre a sustentabilidade corporativa, desmistificando a percepção de que ela se restringe apenas ao aspecto ambiental. “Falar de sustentabilidade e ESG ainda é um desafio para muitos empresários”, explicou Thainy.

“Embora o impacto ambiental seja relevante, quando olhamos todas as dimensões da sustentabilidade, o social possui uma relevância muito maior no nosso setor de comércio, serviços e turismo”, explicou.

A especialista ressaltou que a sustentabilidade corporativa pode ser tratada de maneira mais compreensível para o empresariado por meio de abordagens fundamentais: a Formação Dual deve ser trabalhada nas empresas para antecipar e mitigar riscos, incluindo aqueles relacionados à escassez de mão de obra qualificada. A aproximação com o Senac é uma ferramenta de consulta às partes interessadas, pois ela ajuda a aproximar a oferta de talentos e a demanda do mercado, criando pontes que beneficiam tanto os jovens quanto as empresas. E fazer esse tipo de programa nas empresas é um posicionamento estratégico que amplifica o impacto positivo que a geração de empregos e o desenvolvimento de talentos podem ter nas comunidades e nas famílias.

Essa questão reforça que a Formação Dual é um instrumento poderoso para fortalecer o ‘S’ do ESG, não apenas por cumprir uma exigência legal, mas por criar um círculo virtuoso de desenvolvimento de talentos e valorização da marca.

O diálogo com as novas gerações: Z e Alfa

Outro ponto crucial apresentado por Thainy Bressan foi a compreensão das novas gerações, Geração Z e Geração Alfa, e como as empresas podem atrair, engajar e reter esses jovens talentos.

A especialista destacou que a Geração Z, conhecida como “geração do propósito”, busca uma cultura empresarial alinhada aos seus valores antes mesmo de considerar o cargo. “É fácil para eles desapegarem de um trabalho quando este não se alinha com sua visão de futuro, pois percebem isso como hipocrisia ou ‘social washing’”, afirmou. Segundo Bressan, para a CNC, as empresas devem enxergar essa realidade como oportunidade para fortalecer sua cultura institucional e gerar valor genuíno.

Sobre a Geração Alfa, Thainy mencionou que são nativos digitais que ainda vão entrar no mercado de trabalho, com mentalidade inovadora e criativa, impulsionados pelo fato de que processos rotineiros já estão sendo automatizados pela inteligência artificial. “Eles tendem a querer trabalhar por projeto, o que demanda flexibilidade e visão diferente das organizações”, complementou.

Atuação da CNC

A participação da entidade na conferência afirma a missão da Confederação de atuar em defesa dos interesses do comércio de bens, serviços e turismo, promovendo um ambiente favorável ao seu crescimento em harmonia com o desenvolvimento sustentável. A visão de ser protagonista na representação empresarial e no desenvolvimento do ambiente de negócios do País é materializada por iniciativas como essa.

“A presença da CNC neste tipo de fórum é fundamental para que possamos orientar, coordenar e defender os interesses do Sistema Comércio, garantindo que as empresas estejam preparadas para os desafios e as oportunidades de um mercado cada vez mais consciente e sustentável”, concluiu Thainy.

Foto: Divulgação

Lula sanciona lei que fortalece o combate ao crime organizado

Foi publicada nesta quinta-feira (30), no Diário Oficial da União, a Lei 15.245 que fortalece o combate ao crime organizado. Sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a legislação modifica o Código Penal (2.848/1940) tipificando novas modalidades de crimes e aumentando a proteção a agentes públicos.

De acordo com o texto, a contratação de integrante de associação criminosa para cometimento de crime passa a ter pena de reclusão de 1 a 3 anos, que deverá se somar à penalidade do crime cometido.

Lei das Organizações Criminosas (12.850/2013) também foi modificada e passa a tipificar os crimes de obstrução de ações contra o crime organizado e conspiração para obstrução de ações contra o crime organizado, ambos com pena de reclusão, de quatro a 12 anos.

Nos dois casos, antes mesmo do julgamento a prisão provisória do investigado deverá ser cumprida em estabelecimento penal federal de segurança máxima, destaca o texto da nova lei.

Além dessas mudanças, foi modificada ainda a Lei nº 12.694, passando a prever iniciativas de proteção pessoal a autoridades judiciais, membros do Ministério Público, policiais e demais profissionais das forças de segurança pública em atividade ou aposentados. A medida será garantida aos profissionais em situação de risco decorrente do exercício da função e é extensiva aos familiares.

Confira aqui o texto integral da Lei 15.245/2025 publicado no Diário Oficial da União.

Operação Contenção

A modificação do Código Penal foi anunciada depois da Operação Contenção, uma ação das polícias Civil e Militar do Rio de Janeiro para combater o Comando Vermelho nos complexos do Alemão e da Penha, que deixou mais de 120 mortos.

A ação é considerada a mais letal da história do país e expôs a dificuldade em combater o crime organizado. 

Em retaliação à ação policial, criminosos ligados ao Comando Vermelho interditaram ruas em diversos pontos da cidade com veículos atravessados e barricadas, lançaram explosivos a partir de drones e impactaram diretamente na vida dos cariocas.

Escritório emergencial

Outro anúncio na esfera política após a operação desastrosa na capital fluminense foi a criação de um escritório emergencial para enfrentar o crime organizado no estado.

De acordo com o ministro da Justiça e da Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, e o governador do Rio de Janeiro, Claudio Castro, o objetivo é melhorar a integração entre as esferas federal e estadual.

 A coordenação será compartilhada entre o secretário nacional de Segurança Pública, Mario Sarrubbo, e o secretário de Segurança Pública do Rio, Victor Santos.

Fonte: Agência Brasil

Lewandowski e Castro anunciam escritório emergencial contra crime

O ministro da Justiça e da Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, e o governador do Rio de Janeiro, Claudio Castro, anunciaram nesta quarta-feira (29) a criação de um escritório emergencial para enfrentar o crime organizado no estado. O objetivo é melhorar a integração entre as esferas federal e estadual.

 A coordenação será compartilhada entre o secretário nacional de Segurança Pública, Mario Sarrubbo, e o secretário de Segurança Pública do Rio, Victor Santos.

“É um fórum onde as forças vão conversar entre si, tomar decisões rapidamente até que a crise seja superada. Este é o embrião daquilo que nós queremos criar com PEC da Segurança Pública que está sendo discutida no Congresso Nacional. Nós queremos fazer um entrosamento das forças federais, estaduais e até municipais no enfrentamento deste flagelo”, disse o ministro Lewandowski.

A ideia é que ações sejam “100% integradas” para vencer burocracias e respeitas competências de cada órgão, conforme o governador do Rio. 

“Tentar eliminar barreiras para que nós possamos de fato fazer uma segurança pública que atenda o nosso verdadeiro e único cliente, que é o cidadão”, disse o governador do Rio.

A medida ocorre depois da Operação Contenção nos complexos do Alemão e da Penha, que deixou mais de 100 mortos. A ação é considerada a mais letal da história do país. Em retaliação, criminosos ligados ao Comando Vermelho interditaram ruas em diversos pontos da cidade, com veículos atravessados e barricadas.

Lewandowski disse que o governo federal vai aumentar do efetivo da Polícia Rodoviária Federal em 50 agentes nas estradas e o efetivo de agentes de inteligência no estado. Também foram colocados à disposição peritos e vagas nos presídios federais, caso o governo estadual requisite.

O encontro no Palácio Guanabara, sede do poder estadual do Rio, aconteceu depois de o governador Cláudio Castro cobrar mais apoio do governo federal no enfrentamento às organizações criminosas que atuam no estado. Segundo Castro, o estado está atuando “sozinho nesta guerra”.

No mesmo dia, Lewandowski disse não ter recebido pedido de ajuda do governador para a operação. O ministro lembrou que, no começo do ano, o governador do Rio esteve no Ministério da Justiça e Segurança Pública e pediu a transferência de líderes das facções criminosas para penitenciárias federais de segurança máxima, e foi atendido.

“Narcoterrorismo”

O governo do Rio tem usado, com frequência, a expressão “narcoterrorismo” para se referir ao crime organizado. Questionado sobre o termo, o ministro Lewandowski disse que ele não se aplica à realidade do estado.

“Uma coisa é terrorismo, outra coisa são facções criminosas. O terrorismo envolve sempre uma questão ideológica. Uma atuação política, uma repressão social com atentados esporádicos. As facções criminosas são constituídas por grupos de pessoas que sistematicamente praticam crimes que estão capitulados no Código Penal. Portanto, é muito fácil identificar o que é uma facção criminosa pelo resultado de suas ações”, disse o ministro.

O ministro disse que a legislação estabelece com clareza as classificações para organização criminosa e grupos terroristas.

“São dois tipos de atuação que não se confundem e, da parte do governo federal, não temos nenhuma intenção de fazer uma mescla delas”, complementa.

GLO

Lewandowski e Castro descartaram a possibilidade de emprego das Forças Armadas para atuar na segurança do estado, por meio da decretação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO).

“Nós não nos manifestamos nesse sentido [a favor ou contra]. A GLO está prevista no artigo 142 da Constituição Federal. É uma operação excepcional, que depende de uma solicitação do governador, vamos falar aqui do governador ou da autoridade local que reconhece aí incapacidade das forças locais de debelarem uma situação de crise”, disse o ministro.

Castro também negou ter cogitado solicitar a medida. 

“Isso [GLO] veio à tona somente porque eu falei da questão dos blindados, que nós em outras três ocasiões tínhamos requerido e nos foi negado porque haveria necessidade de uma GLO. A situação das forças de segurança do Rio de Janeiro hoje é completamente diferente da de 2018. Hoje nós temos uma força de segurança estadual capacitada”, afirmou o governador.

Fonte: Agência Brasil

Lula defende trabalho coordenado contra “espinha dorsal do tráfico“

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu, na noite desta quarta-feira (29), que é necessário um trabalho coordenado para atingir a “espinha dorsal do tráfico” no Brasil. 

“Não podemos aceitar que o crime organizado continue destruindo famílias, oprimindo moradores e espalhando drogas e violência pelas cidades. Precisamos de um trabalho coordenado que atinja a espinha dorsal do tráfico sem colocar policiais, crianças e famílias inocentes em risco”, afirmou o presidente em postagem nas redes sociais.

Lula avalia que esse trabalho coordenado foi o que ocorreu em agosto na Operação Carbono Oculto, considerada por ele como “a maior operação contra o crime organizado da história do país”. 

Segundo o presidente, as ações na ocasião tiveram o sucesso esperado ao chegar “ao coração financeiro de uma grande quadrilha envolvida em venda de drogas, adulteração de combustível e lavagem de dinheiro”.

Ainda na postagem na rede social, Lula aproveitou para defender a aprovação da PEC da Segurança que foi encaminhada ao Congresso Nacional. 

“Vamos garantir que as diferentes forças policiais atuem de maneira conjunta no enfrentamento às facções criminosas”.

Lula ainda não havia se manifestado publicamente sobre os resultados da Operação Contenção, que deixou ao menos 121 mortos no Rio de Janeiro. O presidente chegou a Brasília na noite de terça-feira (28) depois de viagem ao Sudeste Asiático.  

Fonte: Agência Brasil

TSE marca julgamento de recurso que pede cassação de Castro

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) marcou para 4 de novembro o julgamento de um recurso do Ministério Público Eleitoral (MPE) para cassar o mandato do governador do Rio de Janeiro, Claúdio Castro.

O processo foi incluído na pauta de julgamentos nesta quarta-feira (29), um dia após a operação policial que resultou na morte pelo menos 119 pessoas.

A procuradoria eleitoral pretende reverter a decisão do Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (TRE-RJ) que, em maio do ano passado, absolveu Castro e outros acusados no processo que trata de supostas contratações irregulares na Fundação Centro Estadual de Estatísticas, Pesquisas e Formação de Servidores Públicos do Rio de Janeiro (Ceperj) e da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) durante a campanha eleitoral de 2022.

No documento enviado ao TSE, o vice-procurador-geral eleitoral, Alexandre Espinosa, afirma que Castro obteve vantagem eleitoral na contratação de servidores temporários sem amparo legal e na descentralização de recursos para entidades desvinculadas da administração pública, além de outras irregularidades.

O caso é relatado no TSE pela ministra Isabel Galotti.

Após o parecer do MPE favorável à cassação, Claudio Castro declarou que estava confiante na Justiça porque o TRE rejeitou a ação por “total inconsistência e falta de provas”.

Fonte: Agência Brasil