terça-feira, dezembro 30, 2025
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Hugo Motta cria comissões para discutir PNE, isenção do Imposto de Renda e inteligência artificial

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), criou nesta sexta-feira (4) três comissões especiais para tratar do novo Plano Nacional de Educação (PL 2614/24), da isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil (PL 1087/25) e sobre o uso da inteligência artificial (PL 2338/23). As duas primeiras propostas são do Executivo e a última do Senado.

Cada comissão será composta por 33 integrantes, que ainda precisam ser designados pelos partidos.

PNE

O projeto do novo Plano Nacional de Educação (PNE) prevê 18 objetivos a serem cumpridos até 2034 nas áreas de educação infantil, alfabetização, ensinos fundamental e médio, educação integral, diversidade e inclusão, educação profissional e tecnológica, educação superior, estrutura e funcionamento da educação básica.

A presidente da comissão será a deputada Tabata Amaral (PSB-SP), e o relator será o deputado Moses Rodrigues (União-CE).

Inteligência Artificial

O texto para regulamentar a inteligência artificial (IA), apresentado pelo senador Rodrigo Pacheco, ex-presidente do Senado, é fruto do trabalho de uma comissão de juristas e está sendo analisado junto a outras nove propostas, inclusive uma já aprovada pela Câmara dos Deputados (PL 21/20), que lista diretrizes para o fomento e a atuação do poder público no tema.

Imposto de Renda

A comissão sobre isenção do Imposto de Renda já tem presidente e relator definidos, os deputados Rubens Pereira Júnior (PT-MA) e Arthur Lira (PP-AL), respectivamente.

A proposta do governo é compensar a isenção para quem ganha menos, taxando mais quem ganha acima de R$ 600 mil por ano. Previsões apontam que a isenção deve custar R$ 25,8 bilhões por ano.

Dívidas previdenciárias dos municípios

O presidente da Câmara anunciou em suas redes sociais que o deputado Romero Rodrigues (Pode-PB) será o presidente da Comissão Especial da PEC 66/23, que trata da renegociação das dívidas previdenciárias pelos municípios. O relator da comissão será o deputado Baleia Rossi (MDB-SP).

Fonte: Agência Câmara de Notícias

STF remarca para dias 22 e 23 julgamento do núcleo 2 da trama golpista

O Supremo Tribunal Federal (STF) remarcou para os dias 22 e 23 de abril o julgamento da denúncia apresentada pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet, para tornar réus os acusados do núcleo 2 da trama golpista. As sessões estavam previstas para os dias 29 e 30.

A Primeira Turma da Corte reservou três sessões para julgar a denúncia que vai decidir se os acusados se tornarão réus e responderão a processo criminal. No dia 22, as sessões serão pela manhã, com início às 9h30, e à tarde, às 14h. No dia 23, o colegiado iniciará o julgamento às 8h.

Fazem parte deste núcleo Filipe Martins (ex-assessor de assuntos internacionais do ex-presidente Jair Bolsonaro); Marcelo Câmara (ex-assessor de Bolsonaro); Silvinei Vasques (ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal); Mário Fernandes (general do Exército); Marília de Alencar (ex-subsecretária de Segurança do Distrito Federal) e Fernando de Sousa Oliveira (ex-secretário-adjunto de Segurança do Distrito Federal).

De acordo com a Procuradoria-Geral da República (PGR), eles são acusados de organizar ações para “sustentar a permanência ilegítima” de Bolsonaro no poder, em 2022.

Primeira Turma

O colegiado é composto pelo relator da denúncia, Alexandre de Moraes, e pelos ministros Flávio Dino, Cristiano Zanin, Cármen Lúcia e Luiz Fux.

Pelo regimento interno da Corte, cabe às duas turmas do tribunal julgar ações penais. Como o relator faz parte da Primeira Turma, a acusação será julgada pelo colegiado.

Até o momento, somente a denúncia contra o núcleo 1 foi julgada. No mês passado, por unanimidade, o ex-presidente Jair Bolsonaro e mais sete acusados viraram réus. Faltam mais três denúncias para serem julgadas.

Fonte: Agência Brasil

Balança comercial se recupera e tem superávit de US$ 8,15 bi em março

O início de algumas safras e a alta nas vendas de minério de cobre e de carnes fizeram a balança comercial se recuperar e registrar o segundo melhor superávit da série histórica para meses de março. No mês passado, o país exportou US$ 8,154 bilhões a mais do que importou, divulgou nesta sexta-feira (4) o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic).

O resultado é o mais alto para meses de março desde 2023, quando a balança comercial tinha registrado superávit de US$ 10,751 bilhões. Em relação a março de 2024, o superávit subiu 13,8%.

Em março, o país exportou US$ 29,177 bilhões, alta de 5,5% em relação ao registrado no mesmo mês do ano passado e o terceiro melhor março desde 1989, quando começou a série histórica, só perdendo para 2023 e 2022. As importações somaram US$ 21,023 bilhões, alta de 2,6% na mesma comparação e também o terceiro maior valor da história, inferior apenas aos de 2023 e 2022.

Do lado das exportações, a alta no preço do café e o início da safra de soja e de milho ajudaram a recuperar a balança. As vendas de alguns produtos, como carne bovina, celulose e minério de cobre, subiram no mês passado, compensando a diminuição de preço dos demais produtos.

Do lado das importações, as aquisições de motores, máquinas, medicamentos, componentes de veículos, adubos e fertilizantes químicos subiram. A maior alta ocorreu com as máquinas e motores, cujo valor comprado aumentou 45,9% em março na comparação com março do ano passado.

No mês passado, o volume de mercadorias exportadas subiu 5%, puxado pelo início da safra de diversos produtos. Os preços aumentaram apenas 0,4% em média na comparação com o mesmo mês do ano passado. Nas importações, a quantidade comprada subiu 4,2%, impulsionado pelo crescimento econômico, mas os preços médios recuaram 1,5%, refletindo a queda no valor das commodities (bens primários com cotação internacional).

Setores

No setor agropecuário, a alta na quantidade pesou mais no aumento das exportações. O volume de mercadorias embarcadas subiu 10,8% em março na comparação com o mesmo mês de 2024, enquanto o preço médio subiu 4,3%.

Na indústria de transformação, a quantidade subiu 9%, com o preço médio caindo 0,9%, refletindo uma certa recuperação econômica na Argentina, o maior comprador de bens industrializados do Brasil.

Na indústria extrativa, que engloba a exportação de minérios e de petróleo, a quantidade exportada caiu 10,6%, puxada pela manutenção de plataformas de petróleo, enquanto os preços médios recuaram 4,9%.

Estimativa

Após divulgar estimativas por intervalos de valores em janeiro, o Mdic atualizou as estimativas para a balança comercial do ano. O superávit deverá ficar em US$ 70,2, queda de 5,4% em relação a 2024. Na previsão anterior, o saldo estava numa banda entre US$ 60 bilhões e US$ 80 bilhões. A próxima projeção será divulgada em julho.

Segundo o MDIC, as exportações subirão 4,8% em 2025 na comparação com 2024, encerrando o ano em US$ 353,1 bilhões. As importações subirão 7,6% e fecharão o ano em US$ 282,9 bilhões. As estimativas, no entanto, devem ser revistas em breve porque não consideram os efeitos do tarifaço de Donald Trump nem da retaliação comercial da China.

As previsões estão mais pessimistas do que as do mercado financeiro. O boletim Focus, pesquisa com analistas de mercado divulgada toda semana pelo Banco Central, projeta superávit de US$ 75 bilhões neste ano.

Fonte: Agência Brasil

IBGE: fake news sobre visita do pesquisador prejudicam coleta de dados

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) fez um pedido nesta sexta-feira (4) para que a população não acredite em fake news que distorcem informações sobre a rotina de visitas domiciliares de pesquisadores do instituto. O problema tem causado dificuldades na coleta de informações, além de onerar os custos financeiros do levantamento.

O apelo foi durante apresentação de um balanço parcial do andamento da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF), estudo que serve de base para pesquisas com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que apura a inflação oficial do país. O evento foi na Casa Brasil IBGE, no centro do Rio de Janeiro, espaço aberto à população, com exposições e biblioteca.

A coordenadora de Pesquisas por Amostra de Domicílios, Adriana Beringuy, lamentou o fato de fake news, muitas delas amplificadas por redes sociais, afirmarem que visitas de pesquisadores do IBGE aos fins de semana seriam tentativas de fraudes.

Ela explica que o IBGE se adapta à rotina dos moradores, que costumam estar fora de casa durante o horário comercial. Por isso, garante ela, pode haver visitas em horários alternativos.

“O pesquisador tem que fazer tentativas no início da noite, fim de semana e até feriado para conseguir fazer as entrevistas”, disse.

Custos financeiros

O gerente da POF, Leonardo Santos de Oliveira, destacou que os pesquisadores têm experiência em reverter recusas de atendimento, no entanto, as resistências geram dificuldades, inclusive financeiras.

“Isso encarece a pesquisa, pois você passa a ter que ir lá mais vezes e torna o trabalho logístico mais difícil”, constatou. “Eles [moradores] ligam até para a delegacia local, já teve relato desse estilo”, afirmou Oliveira.

O instituto de pesquisas criou o site Respondendo ao IBGE , no qual o morador pode confirmar a identidade dos pesquisadores. A página permite comprovar a autenticidade dos agentes por meio do nome ou do número do RG, do CPF ou da matrícula, expostos no crachá do pesquisador.

Retrato socioeconômico

A POF foi iniciada em novembro de 2024 e está planejada para terminar em novembro de 2025. A pesquisa acompanha de perto hábitos, consumo e condições de vida da população. Com base nela é determinada a chamada cesta de compras do brasileiro – conjunto dos produtos e serviços adquiridos pelas famílias dentro de um mês – que serve para ponderar o cálculo do IPCA.

Dos 103.145 domicílios, de mais de dois mil municípios de todas as unidades federativas do país, 36.759 foram visitados. Isso representa 35,6%. O avanço da amostra está dentro do previsto pelo IBGE, uma vez que já se passaram 36,5% do tempo de duração da fase de entrevistas.

O início do período de coleta da POF no ano passado foi possível após o governo liberar recursos orçamentários extraordinários para o IBGE. De acordo com o diretor de Pesquisas do IBGE, Gustavo Junger, “a suplementação orçamentária foi fundamental para levar nossa pesquisa a campo”.

Ele não informou o custo da pesquisa, mas garantiu que “não existe nenhum tipo de impedimento ou risco” para a conclusão do estudo.

Acompanhamento por agentes

Os domicílios que fazem parte da amostra da pesquisa precisam ser acompanhados pelos agentes do IBGE por nove dias, de forma presencial e por meios eletrônicos, como respostas enviadas por tabletes. Por ser um amplo mapeamento das condições socioeconômicas dos brasileiros, os questionários aplicados são mais densos do que outras pesquisas, o que faz o IBGE pedir mais compreensão da população.

Os agentes pedem que os entrevistados anotem todos os gastos – do cafezinho ao aluguel, passando pela compra de medicamentos, por exemplo.

O presidente do IBGE, Marcio Pochmann, participou do evento por meio de um vídeo gravado e falou sobre a importância da POF.

“Essa informação é básica para o Brasil poder medir melhor a inflação, o custo de vida. Essa pesquisa também nos ajuda a compreender a qualidade de vida dos brasileiros, saber se há ou não deficiência alimentar”, disse.

Ao acrescentar que essas informações servem para a elaboração de políticas públicas que buscam melhorar a condição de vida das pessoas, Pochmann pediu a colaboração da população no atendimento ao pesquisador. “Quero pedir o seu apoio para receber muito bem o pesquisador do IBGE”.

A última coleta de dados da POF tinha sido nos anos 2017 e 2018. Na época, o IBGE identificou que os principais gastos mensais dos brasileiros eram com habitação (36,6%), transportes (18,1%) e alimentação (17,5%).

A coordenadora de Pesquisas por Amostra de Domicílios, Adriana Beringuy, lembrou que o país viveu grandes mudanças desde a última POF.

“A gente teve uma pandemia que impactou comportamentos pessoais e familiares”, citou ela, que destacou ainda avanços no uso de tecnologias e redes sociais, “como trabalho e consumo pelo aplicativo”, completou.

Dados inéditos

A edição da POF que está em campo coletará dados inéditos, como gasto dos brasileiros com as bets (plataformas de apostas online) e a forma como as pessoas usam o tempo. O IBGE também faz perguntas sobre uso aquisição de eletrodomésticos, consumo alimentar, identidade de gênero e orientação sexual.

A coordenadora Adriana Beringuy informou que o IBGE tem um projeto para tornar a POF uma pesquisa contínua, “sempre em campo”, como é a pesquisa sobre desemprego. “Futuramente”, adiantou, sem especificar datas.

Os técnicos do IBGE não precisaram quando a nova POF determinará a nova ponderação da cesta de consumo dos brasileiros para cálculo da inflação.

Fonte: Agência Brasil

Movimentos negacionistas são desafio da imunização, diz Padilha

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, destacou nesta sexta-feira (4) que um dos aspectos negativos deixados pela pandemia de covid-19 foram os movimentos antivacina, que negam a importância da imunização e por isso são chamados negacionistas. Ele ressaltou a questão no contexto do lançamento da campanha nacional de vacinação da gripe, que começa segunda-feira (7) em todo o país, mas que cidades como Rio de Janeiro e São Paulo anteciparam.

“A gente precisa vencer essa batalha. Temos que fazer no país um movimento nacional político, cultural, ideológico para enfrentar o negacionismo e superar as barreiras que a gente ainda tem em relação à vacinação. O Ministério da Saúde e a Fiocruz são barreiras fundamentais contra o negacionismo no nosso país”, disse Padilha, durante a recondução ao cargo para um mandato de quatro anos do presidente da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Mario Moreira.

Para reverter a situação, Padilha conta com a força da mobilização cultural. “Tenho feito questão de falar com escolas de samba, com artistas que vão entrar com muito força na campanha da gripe”, afirmou.

Padilha adiantou que vai lançar este mês uma grande campanha de saúde nas escolas com o ministro da Educação, Camilo Santana, para mobilizar crianças e professores a serem difusores da mensagem da imunização. O movimento também quer aproveitar o ambiente escolar para ser espaço de vacinação.

“Tenho falado com lideranças religiosas de todas as religiões. Já levei o Zé Gotinha na Assembleia de Deus. Vou levar o Zé Gotinha a outras religiões, de matriz africana. Já falei com monges budistas, com rabinos, com lideranças muçulmanas, estou falando com várias lideranças evangélicas, com a CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil). Vou levar o Zé Gotinha para todos os estádios de futebol. Estamos fazendo um acordo com a CBF (Confederação Brasileira de Futebol), com os times de futebol”.

Sarampo

Sobre a campanha de vacinação contra o sarampo nos municípios prioritários para a imunização de bloqueio (Duque de Caxias, Mesquita, Belford Roxo, Nilópolis, Nova Iguaçu e Rio de Janeiro, além de Itaboraí, São Gonçalo e Niterói), o ministro disse que quem tem muito contato com turista, como trabalhadores de rede hoteleira, taxistas, motoristas de aplicativo, vendedores, devem reforçar a imunização, porque o risco do sarampo vem dos Estados Unidos, da Europa, e de outros continentes.

Foram registrados dois casos em São João do Meriti, na Baixada Fluminense. Em Brasília, um caso de sarampo foi importado. A paciente retornou de uma viagem internacional, na qual visitou cinco países, e realizou diversos voos antes de retornar à capital federal, no período do carnaval. 

OMS

Padilha também destacou a necessidade de fazer uma grande articulação com a presidência brasileira do bloco Brics para apoiar a Organização Mundial de Saúde (OMS). Em janeiro, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou a saída do país da OMS.

“Se o Trump resolveu cortar recursos para pesquisa de RNA mensageiro, cortar financiamento de pesquisadores, estimular o ódio naquele país contra pesquisadores de vacina de RNA mensageiro, que os pesquisadores saibam que há aqui um país e uma instituição, a Fiocruz, que está preparada para produzir e registrar a primeira vacina de RNA mensageiro no nosso país”, disse Padilha.

“Nós vamos criar um ambiente de atração de pesquisadores para desenvolver aqui no Brasil aquilo que a extrema direita está querendo impedir de produzir nos Estados Unidos. Pesquisador que está nos Estados Unidos, temendo a perseguição e o corte de recursos feito pelo atual governo dos EUA, o Brasil, a Fiocruz, o Instituto Butantan, as universidades estão de portas abertas para criar um parque tecnológico”, convidou o ministro.

 O presidente da Fiocruz também ressaltou que os Estados Unidos estão atuando firmemente contra a ciência, contra o equilíbrio mundial nas ações globais de saúde daqueles que mais precisam.

“A luta pela democracia não tem descanso nem em escala nacional nem em escala internacional. Temos que ficar atentos e fortes”.

Tendo em vista a questão da segurança pública, Moreira observou que o problema tem afetado a saúde, em especial nas periferias. “O entorno da Fundação tem sofrido com isso. Essa questão afeta a saúde mental, das comunidades e dos trabalhadores”.

Fonte: Agência Brasil

Receita recebe mais de 8 milhões de declarações do IR

Em quase três semanas de entrega, a Receita Federal recebeu 8.202.141 declarações do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF) de 2025. O número, registrado até as 17h desta sexta-feira (31), equivale a 17,75% do total esperado para este ano.

Desde o dia 1º, quando a declaração pré-preenchida passou a ser baixada com todos os dados disponíveis, 2.832.002 contribuintes enviaram o documento. O abastecimento dos dados da declaração pré-preenchida atrasou neste ano por causa da greve dos auditores fiscais da Receita.

O prazo para entregar a declaração começou em 17 de março e termina às 23h59 do dia de 30 de maio. O programa gerador da declaração está disponível desde 13 de março.

A Receita Federal espera receber 46,2 milhões de declarações do Imposto de Renda da Pessoa Física este ano, o que representará um acréscimo de quase 7%, na comparação com 2024, quando foram entregues 43,2 milhões de declarações.

As pessoas físicas que receberam rendimentos tributáveis acima de R$ 33.888, assim como aquelas que obtiveram receita bruta da atividade rural acima de R$ 169.440, são obrigadas a declarar. As pessoas que receberam até dois salários mínimos mensais durante 2024 estão dispensadas de fazer a declaração, salvo se se enquadrarem em outro critério de obrigatoriedade.

Fonte: Agência Brasil

Dólar sobe para R$ 5,83 após retaliação da China a tarifas de Trump

Em um dia agitado em todo o mercado financeiro global, o dólar teve a maior alta diária em pouco mais de dois anos e superou os R$ 5,80, após a China anunciar uma retaliação ao tarifaço do governo de Donald Trump. A bolsa de valores caiu quase 3% e teve o maior recuo em um dia desde dezembro do ano passado.

O dólar comercial encerrou esta sexta-feira (4) vendido a R$ 5,836, com alta de R$ 0,207 (+3,68%). Na máxima da sessão, por volta das 16h20, a cotação chegou a R$ 5,84.

A moeda norte-americana está no maior valor desde 10 de março, quando tinha fechado a R$ 5,85. Essa foi a maior alta diária do dólar desde 10 de novembro de 2022, quando a divisa tinha subido 4,1% em apenas um dia.

O dia também foi turbulento no mercado de ações. O índice Ibovespa, da B3, fechou aos 127.256 pontos, com recuo de 2,96%. No menor nível desde 14 de maio, o indicador teve o maior recuo diário desde 18 de dezembro. A bolsa acompanhou o mercado financeiro global. Nos Estados Unidos, as bolsas tiveram a pior semana desde março de 2020, início da pandemia de covid-19.

Os países emergentes que tinham sido poupados da instabilidade no mercado financeiro global na quinta-feira (3) acompanharam o mercado global e tiveram forte turbulência na sexta-feira. O anúncio de que a China retaliará os Estados Unidos com sobretaxas de 34% desencadeou o receio de uma recessão em escala planetária.

Outros dois fatores afetaram fortemente os países emergentes. O primeiro foi a divulgação de que a economia norte-americana criou 228 mil postos de trabalho em março. Apesar de a estatística ainda não refletir os temores de contração na economia norte-americana, o número veio acima das expectativas e mostra que o Federal Reserve (Fed, Banco Central norte-americano) pode adiar o corte de juros da maior economia do planeta.

A queda no preço internacional do petróleo também atingiu os países produtores de commodities (bens primários com cotação internacional). O barril do tipo Brent, usado nas negociações internacionais, fechou em US$ 64, o nível mais baixo desde 2021. Novamente, houve temor de que a demanda nos Estados Unidos caia após o tarifaço de Trump.

Fonte: Agências Brasil

Nunes Marques pede vista e suspende julgamento de Palocci no STF

O ministro Nunes Marques, do Supremo Tribunal Federal (STF), pediu vista e suspendeu nesta sexta-feira (4) o julgamento do recurso que trata da anulação de processos abertos contra o ex-ministro Antonio Palocci na Operação Lava Jato.

Com a suspensão da análise do caso, o julgamento permanece empatado em 2 votos a 2.

Até o momento, os ministros André Mendonça e Edson Fachin votaram contra a anulação. Gilmar Mendes e Dias Toffoli se manifestaram a favor.

O julgamento virtual começou na semana passada e não tem data para ser retomado. 

A Segunda Turma da Corte julga um recurso da Procuradoria-Geral da República (PGR) que pretende suspender uma decisão de Dias Toffoli, relator do caso.

Em fevereiro deste ano, Toffoli atendeu ao pedido de anulação feito pelos advogados de Palocci e aplicou os precedentes da Corte que consideraram o ex-juiz Sergio Moro parcial para proferir as sentenças contra os réus das investigações. Moro era o juiz titular da 13ª Vara Federal em Curitiba.

Com a decisão, todos os procedimentos assinados por Moro contra Palocci foram anulados. Em um dos processos, ele foi condenado a 12 anos de prisão.

Apesar da anulação, o acordo de delação assinado por Palocci está mantido.

Fonte: Agência Brasil

Supremo confirma que nova correção do FGTS não é retroativa

O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu reafirmar que o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) deve ser corrigido pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) somente após a decisão da Corte que definiu o indicador como índice de atualização das contas.

A decisão foi proferida, por unanimidade, no dia 28 de março durante julgamento virtual de um pedido do partido Solidariedade para que a correção fosse aplicada retroativamente à data do julgamento e para quem estava com ação na Justiça até 2019.

Em junho do ano passado, o Supremo decidiu que as contas deverão garantir correção real conforme o IPCA, principal indicador da inflação no país, e não podem mais ser atualizadas com base na Taxa Referencial (TR), taxa com valor próximo de zero.

Contudo, a Corte entendeu que a nova forma de correção vale para novos depósitos a partir da decisão e não será aplicada a valores retroativos.

O caso começou a ser julgado pelo STF a partir de uma ação protocolada em 2014 pelo partido Solidariedade. A legenda sustentou que a correção pela TR, com rendimento próximo de zero, por ano, não remunera adequadamente os correntistas, perdendo para a inflação real.

Criado em 1966 para substituir a garantia de estabilidade no emprego, o fundo funciona como uma poupança compulsória e proteção financeira contra o desemprego. No caso de dispensa sem justa causa, o empregado recebe o saldo do FGTS, mais multa de 40% sobre o montante.

Fonte: Agência Brasil

STJ mantém prisão de policiais por envolvimento no caso Gritzbach

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) negou nesta sexta-feira (4) liberdade a quatro policiais militares que são suspeitos de envolvimento no assassinato do empresário Vinícius Gritzbach, ex-colaborador e delator do PCC.

A decisão foi proferida pelo ministro Sebastião Reis Júnior. O magistrado negou a soltura dos acusados Adolfo Oliveira Chagas, Alef de Oliveira Moura, Erick Brian Galioni e Talles Rodrigues Ribeiro.

A defesa dos acusados alegou que eles estão presos desde 16 de janeiro deste ano e que não há provas de que representam risco à ordem pública.

Na decisão, o ministro entendeu que não há ilegalidades na decisão de primeira instância que determinou as prisões e concordou que há indícios de que os acusados integraram uma organização criminosa.

Gritzbach foi morto a tiros na área externa do Aeroporto de Guarulhos, no dia 8 de novembro de 2024. Câmeras de segurança gravaram a ação dos criminosos. Um motorista de aplicativo que estava trabalhando no local também foi atingido e morreu.

O empresário era réu por homicídio e acusado de envolvimento em esquemas de lavagem de dinheiro para a organização criminosa PCC. No ano passado, ele havia assinado uma delação premiada com o Ministério Público, entregando o nome de pessoas ligadas à facção e também acusando policiais de corrupção.

Fonte: Agência Brasil