sexta-feira, dezembro 26, 2025
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Ataques aéreos de Israel matam 45 pessoas em Gaza

O Exército de Israel recuperou o corpo de um refém tailandês que estava preso na Faixa de Gaza desde o ataque do Hamas em 7 de outubro de 2023, disse o ministro da Defesa do país, Israel Katz, nesta sábado (7), enquanto ataques aéreos israelenses mataram 45 pessoas, de acordo com médicos locais.

O corpo de Nattapong Pinta foi mantido pelo grupo militante palestino Brigadas Mujahedeen e recuperado na área de Rafah, no sul de Gaza, disse Katz. Sua família na Tailândia foi notificada.

Pinta, um trabalhador agrícola, foi sequestrado no kibutz Nir Oz, uma pequena comunidade israelense perto da fronteira de Gaza, onde 25% da população foram mortos ou feitos reféns durante o ataque do Hamas que desencadeou a guerra devastadora em Gaza.

A Fundação Humanitária de Gaza (GHF), grupo de ajuda apoiado pelos Estados Unidos e por Israel, informou neste sábado que não conseguiu distribuir assistência aos civis palestinos, culpando as ameaças do Hamas, que o grupo islâmico negou.

Militares israelenses disseram que Pinta foi levado vivo e morto por seus sequestradores, que também mataram e levaram para Gaza os corpos de mais dois reféns israelenses-americanos que foram recuperados nesta semana.

Não houve nenhum comentário imediato das Brigadas Mujahedeen, que anteriormente negaram ter matado seus prisioneiros, ou do Hamas. Os militares israelenses disseram que as Brigadas ainda mantinham o corpo de outro cidadão estrangeiro. Acredita-se que apenas 20 dos 55 reféns restantes ainda estejam vivos.

As Brigadas Mujahedeen também mantiveram e mataram a refém israelense Shiri Bibas e seus dois filhos pequenos, de acordo com as autoridades israelenses. Seus corpos foram devolvidos durante um cessar-fogo de dois meses, que entrou em colapso em março, depois que os dois lados não chegaram a um acordo sobre os termos para estendê-lo a uma segunda fase.

Desde então, Israel tem expandido sua ofensiva por toda a Faixa de Gaza, enquanto os esforços liderados pelos Estados Unidos, o Catar e o Egito para garantir outro cessar-fogo têm fracassado.

Médicos em Gaza disseram que 45 pessoas no total foram mortas em ataques aéreos israelenses no enclave neste sábado.

Pelo menos 15 palestinos foram mortos e 50 ficaram feridos por ataques aéreos no distrito de Sabra, na cidade de Gaza, no norte do enclave, informaram autoridades de saúde locais.

Mais de um míssil caiu na área. O alvo parece ter sido um prédio residencial de vários andares, mas a explosão danificou várias outras casas próximas, de acordo com testemunhas e a imprensa.

O Exército israelense não comentou imediatamente. Posteriormente, alertou as pessoas para deixarem o distrito vizinho de Jabalia, dizendo que iria atacar lá depois que foguetes foram lançados por militantes nas proximidades.

Autoridades de saúde palestinas afirmaram que os hospitais de Gaza só têm combustível para mais três dias e que Israel está negando o acesso de agências internacionais de ajuda humanitária às áreas onde estão localizados os depósitos de combustível destinados às unidades hospitalares.

Não houve resposta imediata dos militares israelenses ou da Cogat, a agência de defesa israelense que coordena as questões humanitárias com os palestinos.

A Organização das Nações Unidas (ONU) tem alertado que a maioria dos 2,3 milhões de habitantes de Gaza correm o risco de passar fome após um bloqueio israelense de 11 semanas, com a taxa de crianças que sofrem de desnutrição aguda quase triplicando.

A distribuição de ajuda foi interrompida na sexta-feira, depois que a GHF disse que a superlotação havia tornado insegura a continuidade das operações e que não poderia distribuir nenhuma ajuda humanitária neste sábado porque o Hamas havia feito “ameaças diretas” contra suas operações.

Uma autoridade do Hamas disse à Reuters que não tinha conhecimento dessas “supostas ameaças”.

Fonte: Agência Brasil

Trump diz que Musk enfrentará “consequências sérias” se financiar democratas

O presidente dos Estados Unidos (EUA), Donald Trump, disse neste sábado (7) que haverá “consequências sérias” se Elon Musk financiar candidatos democratas que concorram contra republicanos que votaram a favor de seu projeto de lei de corte de impostos. Acrescentou que seu relacionamento com o doador bilionário acabou.

Em entrevista por telefone à NBC News, Trump se recusou a dizer quais serão essas consequências e afirmou que não havia discutido sobre a possibilidade de investigar Musk.

Questionado se acha que seu relacionamento com o presidente da Tesla e da SpaceX havia terminado, Trump disse: “Presumo que sim”.

“Não”, disse Trump à NBC quando lhe perguntaram se tinha algum desejo de reparar seu relacionamento com Musk.

Musk e Trump começaram a trocar insultos nesta semana, quando o empresário se opôs ao projeto de lei de Trump, classificando-o como “abominação nojenta”.

A oposição de Musk à legislação está complicando os esforços para aprová-la no Congresso, onde os republicanos têm pequena maioria na Câmara dos Deputados e no Senado.

O projeto de lei foi aprovado por pouco na Câmara no mês passado e agora está no Senado, onde republicanos estão considerando fazer alterações. Analistas independentes estimam que a medida acrescentaria US$ 2,4 trilhões à dívida dos EUA ao longo da próxima década.

Trump disse que está confiante de que o projeto de lei será aprovado até o feriado de 4 de julho, Dia da Independência dos EUA.

“De fato, as pessoas que votariam a favor do projeto agora estão entusiasmadas em votá-lo, e esperamos que seja aprovado”, afirmou Trump à NBC.

Musk excluiu algumas publicações nas redes sociais que criticavam Trump, incluindo uma que sinalizava apoio ao impeachment do presidente, parecendo buscar um alívio da briga pública.

Nessa sexta-feira, o presidente americano sugeriu uma revisão dos contratos do governo federal com empresas de Musk. Pessoas que conversaram com o empresário disseram que sua raiva começou a diminuir e acham que ele vai querer restabelecer seu relacionamento com Trump.

Fonte: Agência Brasil

Ministro determina suspensão da greve de auditores da Receita

O ministro Benedito Gonçalves, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), determinou a suspensão imediata da greve dos auditores da Receita Federal. A categoria está parada desde novembro.

Gonçalves também ordenou o fim das operações-padrão, em que os auditores fazem fiscalização mais lenta de cargas e de bagagens. O ministro impôs ainda multa diária de R$ 500 mil ao Sindicato dos Auditores da Receita Federal (Sindifisco) em caso de descumprimento da decisão.

Na decisão, Gonçalves ressaltou que, apesar de a Constituição garantir o direito de greve de servidores públicos, também preserva o interesse público, garantindo a continuidade de serviços essenciais. Segundo o magistrado, a legislação determina que as entidades sindicais comuniquem qualquer paralisação aos empregadores e à população com 72 horas de antecedência e que sindicatos, trabalhadores e empregadores preservem serviços indispensáveis durante greves.

Impacto sobre União

O ministro do STJ acatou ação da União, que alegou que a intensificação do movimento grevista nas últimas semanas prejudica a prestação de serviços essenciais. O governo argumentou que a greve afeta a capacidade de arrecadação do Estado, afetando a manutenção da estrutura estatal e o financiamento de políticas públicas.

A União lembrou que a greve interrompeu a apresentação de relatórios mensais de arrecadação, impedindo o próprio governo de ter acesso aos dados de tributação. A ação também mencionou o atraso de 15 dias no fornecimento da declaração pré-preenchida do Imposto de Renda Pessoa Física, que só saiu em 1° de abril.

Ao anunciar o congelamento de R$ 31,3 bilhões no Orçamento, no fim de maio, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que parte da queda de R$ 41,7 bilhões na previsão de receitas líquidas em relação ao Orçamento original deve-se à greve dos auditores da Receita.

“Esse volume de contingenciamento se deve ao fato de que ocorreram algumas circunstâncias posteriores ao encaminhamento do Orçamento. São fatos que precisam ser avaliados. O primeiro fato é que não houve a compensação da desoneração da folha, que ficou parada no STF [Supremo Tribunal Federal]. O segundo problema é a paralisação parcial da Receita Federal, que afeta o desempenho da arrecadação”, explicou Haddad.

Paralisação recorde

Esta é a greve mais longa da história da Receita Federal. Parados desde 24 de novembro, os auditores fiscais pedem reajuste salarial para repor perdas desde 2016.

A categoria também reivindica o pagamento integral do bônus de eficiência, um adicional pelo desempenho da arrecadação e da fiscalização, cujo valor foi recentemente alterado pelo governo. O último aumento recebido pelos auditores da Receita foi em 2023, quando o governo concedeu reajuste linear de 9% ao funcionalismo federal.

Até o fechamento desta matéria, o Sindifisco não se manifestou.

Fonte: Agência Brasil

Moraes converte prisão de Carla Zambelli de preventiva para definitiva

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes determinou neste sábado (7) que a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) comece a cumprir, de forma definitiva, a pena de 10 anos de prisão pela invasão ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). O ministro converteu, de preventiva para definitiva, a prisão da parlamentar.

Moraes também notificou a perda de mandato da deputada. O magistrado determinou que o STF envie à Câmara dos Deputados a documentação do julgamento, para que a Mesa Diretora da Casa declare a extinção do mandato de Zambelli.

Na decisão, publicada na tarde deste sábado, o ministro ordenou ainda que a Secretaria Judiciária do STF encaminhe ao Ministério da Justiça e Segurança Pública os documentos necessários para pedir a extradição da deputada.

Na sexta-feira (6), a Primeira Turma do STF, por unanimidade, formou maioria para manter a condenação da parlamentar e do hacker Walter Delgatti Netto.

A decisão de Moraes, na prática, reforça o trânsito em julgado (quando não cabem mais recursos) da condenação de Zambelli, que buscava recorrer da sentença de 10 anos de prisão, inelegibilidade e pagamento de multa de R$ 2 milhões. Com a decisão, o cumprimento de pena fica imediatamente certificado, sem a necessidade de esperar a publicação do acórdão (decisão colegiada) sobre o caso.

Condenação

Há quase um mês, a Primeira Turma do STF condenou, por unanimidade, Zambelli a 10 anos de prisão pela invasão ao sistema eletrônico do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), em 2023.

Segundo denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR), Zambelli foi a autora intelectual da invasão e procurou Delgatti para executar o crime, com objetivo de inserir nos sistemas do CNJ um mandado de prisão falso e em aberto contra Moraes, entre outras manipulações ilegais.

O PGR relacionou os crimes à incitação de atos antidemocráticos e escreveu que eles foram cometidos visando a obtenção de “vantagem midiática e política” e “com o fim de prejudicar a credibilidade e o regular funcionamento do Poder Judiciário”.

Na ocasião, todos os ministros da Primeira Turma seguiram o voto do relator, Moraes, que considerou Zambelli e Delgatti culpados pela prática dos crimes de invasão de dispositivos informáticos e falsidade ideológica.

Porte de arma

Carla Zambelli responde a outro processo criminal no STF. Em agosto de 2023, ela virou ré no Supremo pelo episódio em que sacou uma arma de fogo e perseguiu o jornalista Luan Araújo às vésperas do segundo turno das eleições de 2022.

A perseguição começou após Zambelli e Luan trocarem provocações durante ato político no bairro dos Jardins, em São Paulo.

Até o momento, o Supremo registrou placar de 6 votos a 0 para condenar a parlamentar a 5 anos e 3 meses de prisão em regime semiaberto. No entanto, um pedido de vista do ministro Nunes Marques adiou a conclusão do julgamento.

Fuga

Duas semanas após ser condenada a 10 anos de prisão, a deputada deixou o Brasil para fixar residência na Europa.

Em entrevista na terça-feira (3), ela evitou revelar em que país estava, limitando-se a dizer que escolheu a Europa por já ter cidadania italiana e, por isso, não poder ser mandada de volta ao Brasil.

Zambelli foi incluída na lista de procurados pela Interpol, agência internacional que facilita a cooperação entre polícias de diferentes países, e pode ser presa fora do Brasil.

Fonte: Agência Brasil

Queimadas fazem desmatamento crescer 92% na Amazônia em maio

O desmatamento na Amazônia, em maio de 2025, alcançou 960 km², o que representa uma alta de 92% em relação ao mesmo mês de 2024. O aumento está diretamente ligado às mudanças climáticas e aos incêndios ocorridos nos meses anteriores, mas que só são percebidos algum tempo depois, quando a vegetação seca, de acordo com o ministro em exercício do Meio Ambiente e Mudança, João Paulo Capobianco.

“Esse incêndio florestal de grandes proporções, relacionado a uma alteração climática, não é um desmatamento ocorrido em maio. Ele é uma floresta incendiada a tal ponto que chega agora como uma floresta colapsada”, explica.

Na análise do período acumulado, de agosto de 2024 a maio de 2025, essa alta foi de 9,1% na comparação com os mesmos meses no ano anterior.

Os dados são do Sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real (Deter) e foram apresentados nesta sexta-feira (6), pelo Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), em Brasília.

No detalhamento dos dados, 51% do desmatamento decorrem de incêndios florestais, 48% de corte raso e 1% de mineração.

Incêndios

Nos últimos cinco anos, os focos de incêndio em vegetação nativa se mantinham na média de 10%.

Em 2024, esse índice subiu para 13,5%. Nos primeiros meses de 2025, 23,7% dos focos de incêndio no país atingiram vegetação nativa. 

Segundo Capobianco, o dado nunca foi evidenciado porque, em anos anteriores, o desmatamento decorrente de incêndio florestal representava percentuais muito inferiores.

“Nós estamos incorporando [informações] no próprio Deter, que é um sistema feito para ser em tempo real, porque normalmente esses dados apareciam apenas no Prodes [Projeto de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal por Satélite]”, destaca.

No Cerrado e no Pantanal, a tendência de queda permaneceu para o mês de maio, com quedas respectivamente de 15% e 65% na comparação entre maio de 2025 e 2024.

No período agregado de agosto de 2024 a maio de 2025, o Cerrado perdeu 4.583 km², representando uma queda de 22% em relação ao mesmo período dos anos anteriores. No Pantanal, de agosto de 2024 a maio de 2025, foram perdidos 267 km², 74% a menos que no mesmo período de anos anteriores.

“Hoje, nós temos a capacidade muito significativa de prever e nos antecipar a desastres. O grande desafio é como vamos organizar as ações, para, com base nessas informações, atuar na prevenção”, diz.

Enfrentamento

O ministro em exercício afirmou, também, que o governo vem trabalhando em um processo de articulação federativa para que o problema seja enfrentado pelo conjunto de atores de todas as instâncias governamentais, iniciativa privada e sociedade organizada.

Capobianco destacou, ainda, ações do governo federal de enfrentamento a incêndios e ao desmatamento, como a aprovação da lei que criou a Política Nacional do Manejo Integrado do Fogo; o investimento de R$ 825 milhões no fortalecimento do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama); e outros R$ 405 milhões para os bombeiros de municípios na Amazônia, além do Programa União com Municípios.

Fonte: Agência Brasil

Supremo volta a julgar recurso sobre revisão da vida toda

O Supremo Tribunal Federal (STF) voltou a julgar nesta sexta-feira (6) mais um recurso envolvendo a revisão da vida toda das aposentadorias do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

Desta vez, a Corte analisa um recurso do INSS para aplicar o entendimento da Corte que vetou a revisão dos benefícios aos processos que estão em tramitação na Justiça. 

Em março do ano passado, o Supremo decidiu que os aposentados não têm direito de optar pela regra mais favorável para recálculo do benefício. A decisão anulou outra deliberação da Corte favorável à revisão da vida toda.

A reviravolta ocorreu porque os ministros julgaram duas ações de inconstitucionalidade contra a Lei dos Planos de Benefícios da Previdência Social (Lei 8.213/1991), e não o recurso extraordinário no qual os aposentados ganharam o direito à revisão. 

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No voto proferido durante julgamento virtual, o ministro Alexandre de Moraes decidiu que, após a decisão do plenário contrária aos aposentados, deve ser aplicada a nova tese aos processos que aguardavam a decisão final da Corte. 

Durante a tramitação do caso no STF, Moraes foi a favor da revisão da vida toda, mas ficou vencido na votação. 

“Verifica-se, portanto, uma superação do entendimento que anteriormente prevalecia nesta Corte”, disse o ministro.

Além disso, Moraes reafirmou o entendimento do plenário que garantiu que os beneficiários não terão que devolver valores que foram pagos por meio de decisões definitivas e provisórias assinadas até 5 de abril de 2024, data na qual foi publicada a ata do julgamento que derrubou a tese de revisão da vida toda.

Além disso, os aposentados não terão que pagar honorários sucumbenciais, que são devidos aos advogados da parte que perde a causa. 

O julgamento prossegue no plenário virtual da Corte e será finalizado na sexta-feira (13). 

Fonte: Agência Brasil

Defesa de Robinho protocola no STF novo recurso contra prisão

A defesa do ex-jogador de futebol Robinho, Robson de Souza, entrou nesta sexta-feira (6) com novo recurso no Supremo Tribunal Federal (STF) para derrubar a decisão que permitiu a prisão do ex-atleta.

Os advogados contestam a decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) que homologou sentença da Justiça italiana contra Robinho e determinou a prisão imediata dele, em março do ano passado.

Ele foi condenado a nove anos de prisão na Itália pelo envolvimento no estupro de uma mulher, ocorrido dentro de uma boate de Milão, em 2013. O pedido de homologação foi feito pelo governo da Itália diante da impossibilidade da extradição. Robinho é cidadão brasileiro nato, condição que impede a medida.

A defesa contesta a possibilidade de homologação de sentenças da Justiça Italiana no Brasil. De acordo com os advogados, o Tratado de Cooperação em Matéria Penal, assinado pelas duas nações, não permite a efetivação do cumprimento da condenação de Robinho.

“Não há dúvidas quanto a incidência do Decreto 862/1993 [tratado] ao caso concreto, além da vedação à execução de condenações estrangeiras”, argumenta a defesa.

Robinho está preso desde março de 2024 no complexo penitenciário de Tremembé, conhecida como a “penitenciária dos famosos”.

Fonte: Agência Brasil

Emprego industrial tem primeira queda mensal em 18 meses

Influenciada pelo aumento dos juros, a indústria empregou menos pessoas pela primeira vez em 18 meses. Segundo a pesquisa Indicadores Industriais, da Confederação Nacional da Indústria (CNI), divulgada nesta sexta-feira (6), o número de postos de trabalho caiu 0,4% em abril, ante o mês anterior.

Essa foi a primeira queda mensal no emprego industrial desde setembro de 2023. Apesar do resultado, o total de postos de trabalho na indústria aumentou 2,6% de janeiro e abril, em relação aos mesmos meses de 2024.

Em nota, a CNI informou que o emprego industrial reage lentamente ao cenário econômico. Apesar dos aumentos de juros desde setembro do ano passado, o emprego industrial cresceu por 17 meses seguidos, porque a demanda por bens industriais ainda estava aquecida. Com a queda na demanda, o indicador parou de crescer em março e caiu em abril.

Massa salarial

Apesar da queda no nível de emprego, o mercado de trabalho industrial registrou dados positivos. A massa salarial da indústria cresceu 4,4% em abril na comparação com março. A alta reverteu as quedas de 0,3% em fevereiro e de 2,5% em março, mas o indicador acumula baixa de 1,3% de janeiro a abril em relação ao último quadrimestre de 2024.

Já o rendimento médio por trabalhador, que inclui salários, indenizações e participação nos lucros, aumentou 5% em abril, mas continua 2,5% abaixo do observado no fim do ano passado.

O número de horas trabalhadas na produção ficou quase estável, recuando 0,3% em abril na comparação com março. De janeiro a abril, o indicador acumula alta de 0,9% em relação ao último quadrimestre de 2024.

Faturamento e capacidade instalada

Outros indicadores indicam o efeito do aumento de juros sobre a indústria. O faturamento real (descontada a inflação) da indústria de transformação encolheu 0,8% em abril, após ter caído 2,1% em março. Mesmo com a queda, o indicador acumula alta de 2,4% nos quatro primeiros meses do ano, em relação ao último quadrimestre de 2024.

Após quatro meses de relativa estabilidade, a utilização da capacidade instalada (UCI) caiu 0,6 ponto percentual, para 77,9% em abril na comparação com março, na série livre de efeitos sazonais (sem oscilações típicas da época do ano). De janeiro a abril, a também cai 1 ponto percentual, em relação à UCI média do último quadrimestre do ano passado.

Realizada desde 1992 em parceria com as Federações Estaduais das Indústrias, a pesquisa Indicadores Industriais identifica, mensalmente, a evolução de curto prazo da atividade da indústria de transformação. Os estados pesquisados respondem a mais de 90% do produto industrial brasileiro.

Fonte: Agência Brasil

Preço da cesta básica cai em 15 de 17 capitais pesquisadas

O preço da cesta básica de alimentos diminuiu em 15 capitais do país no mês de maio, em comparação a abril. As maiores quedas foram registradas no Recife (-2,56%), em Belo Horizonte (-2,50%) e Fortaleza (-2,42%). As duas altas foram registradas em Florianópolis (0,09%) e Belém (0,02%).

Os dados, divulgados nesta sexta-feira (6), são do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), que pesquisa mensalmente o preço da cesta de alimentos em 17 capitais.

São Paulo foi a capital em que o conjunto dos alimentos básicos apresentou o maior custo: R$ 896,15, seguida de Florianópolis (R$ 858,93), Rio de Janeiro (R$ 847,99) e Porto Alegre (R$ 819,05). Os menores valores foram registrados em Aracaju (R$ 579,54), Salvador (R$ 628,97), Recife (R$ 636,00) e João Pessoa (R$ 636,73). Nas regiões Norte e Nordeste, a composição da cesta é diferente, geralmente com produtos mais baratos.

Comparando o preço da cesta básica de maio deste ano com a do mesmo mês de 2024, houve alta em 16 das 17 capitais pesquisadas, com variações que oscilaram entre 0,77%, em Natal, e 8,43%, em Vitória. Na capital sergipana, não houve variação.

No acumulado dos cinco primeiros meses do ano (de janeiro a maio), o custo da cesta básica aumentou em todas as capitais pesquisadas, com taxas que oscilaram entre 2,48%, em Campo Grande, e 9,09%, em Belém.

São Paulo registrou a cesta mais cara em maio. E, levando em consideração a determinação constitucional de que o salário mínimo deveria ser suficiente para suprir as despesas de uma família, de quatro pessoas, com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, o Dieese estimou que o valor do salário mínimo necessário, no quinto mês do ano, deveria ser de R$ 7.528,56 ou 4,96 vezes o mínimo reajustado em R$ 1.518.

Produtos

Em maio de 2025, o preço da carne de primeira subiu em 14 das 17 cidades pesquisadas, com destaque para Curitiba (alta de 3,91% em comparação a abril) e Florianópolis (2,68%).

Houve redução de preço em três cidades: São Paulo (-0,82%), Fortaleza (-0,65%) e Porto Alegre (-0,04%). No acumulado de 12 meses, o preço da carne subiu em todas as 17 capitais pesquisadas. As elevações ficaram entre 7,43%, em Aracaju, e 28,86%, em Brasília.

O preço do quilo do café em pó aumentou em 16 capitais em maio, na comparação com o mês anterior. Destaque para as variações de Aracaju (10,70%), São Paulo (8,49%) e João Pessoa (7,98%). Houve redução de valor em Goiânia (-1,71%). No acumulado de 12 meses, o preço do café apresentou alta em todas as 17 cidades pesquisadas. As elevações ficaram entre 75,5% (em São Paulo) e 127,89% (em Vitória).

O preço do arroz agulhinha caiu nas 17 capitais pesquisadas. As baixas variaram entre -12,91%, em Vitória, e -1,80%, em Belo Horizonte. No acumulado de 12 meses, houve, também, diminuição do preço em todas as capitais pesquisadas, com variações entre -29,17%, em Vitória, e -3,57%, em São Paulo.

O preço do tomate também ficou menor nas 17 capitais da pesquisa. As quedas variaram entre -20,85%, em Belo Horizonte, e -1,64%, em Aracaju. No acumulado de 12 meses, apenas Vitória (11,41%) apresentou taxa positiva. Nas demais capitais, o valor caiu, com destaque para João Pessoa (-32,22%), Natal (-27,87%) e Recife (-25,33%).

Fonte: Agência Brasil

Câmara autoriza licença de 127 dias à deputada Carla Zambelli

A Câmara dos Deputados autorizou, na quinta-feira (5), o pedido de licença não remunerada da deputada Carla Zambelli (PL-SP) apresentado no dia 29, 6 dias antes da parlamentar, condenada a 10 anos de prisão pelo Supremo Tribunal Federal (STF), tornar público que havia deixado o Brasil.

Assinada pelo presidente da Casa, deputado Hugo Motta (Republicanos-PB), e publicada no Diário Oficial da Câmara, a licença totaliza 127 dias, contados a partir do dia 29, sendo 7 dias para que Zambelli se submeta a um tratamento de saúde, não especificado, e 120 dias para que ela trate de assuntos de “interesse particular”.

Durante a ausência de Zambelli, o mandato será exercido por seu suplente, Coronel Tadeu (PL-SP), que já exerceu mandato de deputado federal de 2019 a 2023. 

O suplente de Zambelli já recebeu uma advertência verbal do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara por ter quebrado, em novembro de 2019, uma placa alusiva ao assassinato de pessoas negras no Brasil. A peça fazia parte da exposição (Re)exisitr no Brasil: Trajetórias Negras Brasileiras, na Câmara.

Tadeu deve permanecer no cargo, uma vez que, além de condenar Zambelli à prisão pela invasão do sistema eletrônico do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e divulgação de documentos falsos, a Primeira Turma do STF também decretou a perda do mandato da parlamentar, após o julgamento de todos os recursos legais.

Nesta sexta-feira (6), a Primeira Turma do STF rejeitou, por unanimidade, o recurso que a parlamentar apresentou contra sua condenação. Agora, a prisão preventiva de Zambelli, determinada por Alexandre de Moraes após ela deixar o país, deve ser convertida em prisão para o cumprimento de pena. Já a perda do mandato depende de ato declaratório da Mesa Diretora da Câmara.

Após deixar o Brasil, e ainda nos Estados Unidos, Zambelli revelou que pretendia se estabelecer em algum país da Europa, de onde seguiria atuando para, em suas palavras, “denunciar a ditadura que o Brasil enfrenta hoje”.

Na quarta-feira (4), um dia após Zambelli confirmar que estava fora do país, o ministro do Supremo Alexandre de Moraes decretou, entre outras medidas, sua prisão; o bloqueio do salário, bem como verbas parlamentares para seu gabinete, e a inclusão do perfil da deputada na lista de difusão vermelha da Interpol, o que faz dela uma fugitiva internacional. 

O nome da deputada foi incluído na relação de procurados pela Interpol na quinta-feira, pouco após ela ingressar em território italiano.

A Itália, conforme a própria parlamentar comentou na terça-feira, é um dos países europeus onde ela planeja se estabelecer por ter cidadania italiana.

Fonte: Agência Brasil