segunda-feira, dezembro 22, 2025
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STF inicia julgamento de Bolsonaro e mais sete aliados

A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) inicia nesta terça-feira (2), às 9h, o julgamento que pode condenar o ex-presidente Jair Bolsonaro e mais sete aliados pela trama golpista para tentar reverter o resultado das eleições de 2022. O grupo faz parte do núcleo crucial da denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR).

Foram destinadas oito sessões para análise do caso, marcadas para os dias 2, 3, 9, 10 e 12 de setembro.

A expectativa é que o primeiro dia do julgamento seja destinado às manifestações das defesas e do procurador-geral da República, Paulo Gonet, que fará a acusação.

A votação que vai condenar ou absolver os réus deve começar somente nas próximas sessões. As penas podem passar de 30 anos de prisão.

Quem são os réus?

  1. Jair Bolsonaro – ex-presidente da República;
  2. Alexandre Ramagem – ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin);
  3. Almir Garnier- ex-comandante da Marinha;
  4. Anderson Torres – ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança do Distrito Federal;
  5. Augusto Heleno – ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI);
  6. Paulo Sérgio Nogueira – ex-ministro da Defesa;
  7. Walter Braga Netto – ex-ministro da Casa Civil e da Defesa e candidato a vice de Bolsonaro na chapa de 2022;
  8. Mauro Cid – ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.

Crimes

Os réus respondem no Supremo pelos crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça e deterioração de patrimônio tombado.

A exceção é o caso do ex-diretor da Abin Alexandre Ramagem, que, atualmente, é deputado federal. Ele foi beneficiado com a suspensão de parte das acusações e responde somente a três dos cinco crimes. A possibilidade de suspensão está prevista na Constituição.

A suspensão vale para os crimes de dano qualificado pela violência e grave ameaça, contra o patrimônio da União, e com considerável prejuízo para a vítima e deterioração de patrimônio tombado, relacionados aos atos golpistas de 8 de janeiro.

Ramagem continua respondendo pelos crimes de golpe de Estado, organização criminosa armada e tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito.

Primeira sessão

A sessão de hoje será aberta pelo presidente da Primeira Turma, ministro Cristiano Zanin. Em seguida, o ministro chamará o processo para julgamento e dará a palavra a Alexandre de Moraes, relator do caso, que fará a leitura do relatório. O documento contém o resumo de todas as etapas percorridas no processo, desde as investigações até a apresentação das alegações finais, última fase antes do julgamento.

Após a leitura do relatório, Zanin passará a palavra para a acusação e às defesas dos réus.

O procurador-geral da República será responsável pela acusação. Paulo Gonet terá a palavra pelo prazo de até duas horas para defender a condenação dos réus.

Após a sustentação da PGR, os advogados dos réus serão convidados a subir à tribuna para as sustentações orais em favor de seus clientes. Eles terão prazo de até uma hora para suas considerações.

O julgamento será interrompido para o almoço por volta das 12h.  À tarde, a sessão será retomada por volta das 14h.

Além de Moraes, relator do caso, fazem parte da Primeira Turma os ministros Flávio Dino, Cármen Lúcia, Luiz Fux e Cristiano Zanin.

Votos

Nas próximas sessões, o primeiro a votar será Alexandre de Moraes. Em sua manifestação, o ministro vai analisar questões preliminares suscitadas pelas defesas de Bolsonaro e dos demais acusados, como pedidos de nulidade da delação premiada de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens e um dos réus, alegações de cerceamento de defesa, pedidos para retirar o caso do STF, além das solicitações de absolvição.

Moraes poderá solicitar que a turma delibere imediatamente sobre a questões preliminares ou deixar a análise desses quesitos para votação conjunta com o mérito.

Após a abordagem das questões preliminares, Moraes se pronunciará sobre o mérito do processo, ou seja, se condena ou absolve os acusados e qual o tempo de cumprimento de pena.

A condenação ou absolvição ocorrerá com o voto da maioria de três dos cinco ministros da turma.

Acusações

Pesam contra os acusados a suposta participação na elaboração do plano “Punhal Verde e Amarelo”, com planejamento voltado ao sequestro ou homicídio do ministro Alexandre de Moraes, do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do vice-presidente, Geraldo Alckmin.

Também consta na denúncia da PGR a produção da chamada “minuta do golpe”, documento que seria de conhecimento de Jair Bolsonaro e serviria para a decretação de medidas de estado de defesa e de sítio no país para tentar reverter o resultado das eleições de 2022 e impedir a posse do presidente Lula.

A denúncia também cita o suposto envolvimento dos acusados com os atos golpistas de 8 de janeiro de 2023.

Fonte: Agência Brasil / Foto: Reprodução

Visitantes prestigiam exposição sobre a história do TRE-AM e das mulheres na democracia

Com mais de 800 visitantes, a exposição “93 anos do Tribunal Regional Eleitoral do Amazonas (TRE-AM) e da conquista do Voto Feminino” foi encerrada na última sexta-feira (29/08) no Amazonas Shopping. Ao longo de cinco dias, a mostra reuniu elementos históricos da Justiça Eleitoral, cultura regional e atividades interativas.

Um dos destaques foi a votação popular para eleger o atrativo turístico que mais representa Manaus. Participaram 713 eleitores, com média de 140 votos por dia. O Teatro Amazonas foi o grande vencedor, com 368 votos, seguido pelo Encontro das Águas (225 votos), Ponta Negra (91 votos) e Mercado Adolpho Lisboa (29 votos).

Para a assistente do Centro de Memória, Biblioteca e Arquivo do TRE-AM e curadora da exposição, Marilza Moreira, o resultado refletiu satisfação e orgulho. “Foram dias intensos de trabalho e dedicação da equipe responsável pela organização, recompensados pelo sucesso alcançado”, afirmou a servidora, que atua há mais de 20 anos na Justiça Eleitoral.

Marilza ressaltou ainda que a mostra ultrapassou o aspecto cultural, convidando os visitantes à reflexão sobre o papel das mulheres pioneiras no avanço do processo eleitoral igualitário. “Elas abriram caminhos e enfrentaram barreiras para que hoje possamos exercer nossa cidadania de forma plena. Mais do que olhar para o passado, a exposição nos inspirou a manter vivo o compromisso com a igualdade e a participação política das mulheres, engajando-nos nessa luta que ainda continua”, acrescentou.

A iniciativa do TRE-AM buscou aproximar a sociedade da história da democracia no Estado, reforçando a importância da participação popular nos dias atuais. A estudante Jéssica Pontes aprovou a proposta. “Achei a exposição muito legal. É muito importante termos esse conhecimento sobre a história, principalmente do voto feminino, que foi uma conquista enorme para nós mulheres. Hoje, temos a nossa representação na política e podemos participar das tomadas de decisões”, afirmou.

Outro visitante, Jean Viana, também aprovou a iniciativa, destacando a evolução da Justiça Eleitoral. “Foi bem interessante entender mais a história do TRE e ver como as cédulas evoluíram. Antes eram papéis bem gigantes, hoje, é um modelo muito menor e digital”, avaliou.

O espaço contou com mobiliário de época, documentos cartorários e urnas eleitorais das mais antigas à atuais. Também reservou espaço para galeria das Lideranças Femininas, com fotos da atual gestão, composta pela presidente do TRE-AM, desembargadora Carla Reis e pela vice-presidente e corregedora, desembargadora Nélia Caminha, além de fotos das mulheres que já presidiram o tribunal.

No espaço Acessibilidade, os visitantes tiveram à disposição um vídeo autodescritivo sobre a mostra e o atendimento de intérprete de Libras durante todo o funcionamento.

Foto: Júnior Souza/TRE-AM

STF tem segurança reforçada para julgamento de trama golpista

O entorno do Supremo Tribunal Federal (STF) amanheceu com reforço de segurança nesta segunda-feira (1º), véspera do início do julgamento sobre uma trama golpista que teria tentado manter o ex-presidente Jair Bolsonaro no poder. 

O efetivo extra de homens e viaturas da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) deve ficar de prontidão ao menos até 12 de setembro, quando o julgamento já deverá ter sido encerrado, conforme o cronograma estipulado pelo Supremo. 

A partir desta segunda-feira, começou a operar também uma Célula Presencial Integrada de Inteligência, instalada na sede da Secretaria de Segurança Pública (SSP) do Distrito Federal. A estrutura reúne órgãos de segurança locais e nacionais, que fazem o monitoramento da movimentação de pessoas em Brasília e nas redes sociais com objetivo de lançar ações preventivas, se necessário. 

A partir desta terça-feira (2), os arredores do tribunal estarão submetidos a um esquema de segurança integrado entre a Polícia Judicial Federal e a SSP-DF. Aglomerações que caracterizem manifestações e qualquer tipo de acampamento nas proximidades estão proibidos. 

Policiais farão o monitoramento de quem transita pela Praça dos Três Poderes e nas vias de acesso ao Supremo, incluindo abordagens e revista de mochilas e bolsas. Uma das preocupações maiores é com ações solitárias por parte de algum apoiador do ex-presidente. Serão feitas também varreduras diurnas e noturnas com drones de imagem térmica.

Ainda que não sejam permitidas manifestações nas proximidades, o julgamento deve alterar a rotina da região central de Brasília, uma vez que mais de três mil pessoas se inscreveram para acompanhar o julgamento presencialmente, em vagas limitadas abertas ao público. Entre jornalistas nacionais e estrangeiros, mais de 501 profissionais pediram credenciamento. 

O principal alvo do julgamento é o próprio Bolsonaro, que não está obrigado a comparecer, mas pode acompanhar o caso em pessoa, caso queira. Para isso, contudo, é necessário autorização do ministro Alexandre de Moraes para o deslocamento, uma vez que o presidente foi colocado em prisão domiciliar pelo relator da ação penal. 

Também têm o direito de comparecer ao julgamento os demais sete réus, entre militares e civis, todos ex-assessores próximos de Bolsonaro que foram acusados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) de tentarem romper com a ordem democráticas no Brasil. 

Não estão previstas interdições na Esplanada dos Ministérios durante a semana, somente para o desfile de 7 de setembro, que ocorre no sábado. Nesse caso, o fechamento da via ocorre a partir das 17h do dia 6, na altura da Catedral de Brasília e às 23hs, a partir da alça leste, logo após a Rodoviária do Plano Piloto.

Armas são proibidas

O acesso ao público estará aberto a partir das 6h do 7 de setembro. Estão proibidos itens como armas, objetos cortantes, substâncias inflamáveis, recipientes de vidro, fogos de artifício, mochilas de grande porte, barracas e drones sem autorização. 

O Supremo Tribunal Federal se prepara – desde meados de agosto – para a realização do julgamento sobre a trama golpista bolsonarista. Desde o mês passado, cerca de 30 agentes da Polícia Judiciária foram enviados de diversos estados e outros dormem na sede do tribunal, em dormitórios montados para que fiquem de prontidão. 

Entre as precauções, houve também varreduras repetidas no edifício do Supremo e também na casa dos ministros da Primeira Turma, que, além de Moraes, é composta por Cristiano Zanin, Luiz Fux, Cármen Lúcia e Flávio Dino. 

Os réus do núcleo 1 da trama golpista respondem por cinco crimes, cuja pena somada pode ultrapassar os 40 anos de prisão. São eles: integrar organização criminosa armada, atentar violentamente contra o Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado por violência e grave ameaça e deterioração de patrimônio tombado da União. 

Fonte: Agência Brasil

Julgamento de Bolsonaro começa na terça e terá oito sessões

O Supremo Tribunal Federal (STF) inicia na próxima terça-feira (2) o julgamento que pode condenar o ex-presidente Jair Bolsonaro e mais sete aliados pela trama golpista para tentar reverter o resultado das eleições de 2022. O grupo faz parte do núcleo crucial da denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR). 

Cerca de dois anos e meio após os atos golpistas de 8 de janeiro de 2023, a Corte realizará um julgamento histórico, que pode levar para a prisão um ex-presidente da República e generais do Exército pela acusação de golpe de Estado, medida inédita após a redemocratização do país.

Para garantir a tranquilidade do julgamento, o Supremo preparou um esquema especial de segurança para restringir a circulação de pessoas nos edifícios da Corte, além de varredura com cães farejadores em busca de bombas e uso de drones.

O julgamento terá ampla cobertura jornalística. A Corte recebeu 501 pedidos de credenciamento de profissionais da imprensa nacional e internacional interessados em noticiar o julgamento.

Em um procedimento inédito, o Supremo também fez o credenciamento de pessoas interessadas em acompanhar a deliberação de forma presencial. Segundo a Corte, foram 3.357 inscrições de interessados, entre advogados e cidadãos.

Apesar do grande número de inscritos, somente os primeiros 1.200 pedidos serão atendidos, devido à limitação de espaço.

Os contemplados vão acompanhar o julgamento na sala da Segunda Turma da Corte, por meio de um telão, e não poderão ficar na Primeira Turma, onde o será o julgamento. O espaço será destinado somente aos advogados dos réus e aos profissionais de imprensa.

Foram disponibilizados 150 lugares para cada uma das oito sessões de julgamento, marcadas para os dias 2, 3, 9, 10 e 12 de setembro.

Nos dias 2,9 e 12, as sessões serão realizadas no período da manhã e da tarde, com pausa para o almoço. Nos dias 3 e 10, o julgamento ocorrerá somente pela manhã.

Saiba os horários das sessões

2 de setembro – 9h e 14h;
3 de setembro – 9h;
9 de setembro – 9h e 14h;
10 de setembro –9h;
12 de setembro – 9h e 14h.

Quem são os réus?

Jair Bolsonaro – ex-presidente da República;

Alexandre Ramagem – ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin);

Almir Garnier- ex-comandante da Marinha;

Anderson Torres – ex-ministro da Justiça e ex-secretário de segurança do Distrito Federal;

Augusto Heleno – ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI);

Paulo Sérgio Nogueira – ex-ministro da Defesa;

Walter Braga Netto – ex-ministro de Bolsonaro e candidato à vice na chapa de 2022;

Mauro Cid – ex-ajudante de ordens de Bolsonaro;

Rito

O rito que será adotado no julgamento está previsto no Regimento Interno do STF e na Lei 8.038 de 1990, norma que regulamenta as regras processuais do tribunal.

No dia 2 de setembro, às 9h, primeiro dia de julgamento, a sessão será aberta pelo presidente da Primeira Turma, ministro Cristiano Zanin.

Em seguida, o ministro chamará o processo para julgamento e dará a palavra a Alexandre de Moraes, que fará a leitura do relatório com o resumo de todas as etapas percorridas no processo, desde as investigações até a apresentação das alegações finais, última fase antes do julgamento.

Após a leitura do relatório, Zanin passará a palavra para a acusação e as defesas dos réus.

Acusação

O procurador-geral da República, Paulo Gonet, será responsável pela acusação. Ele terá a palavra pelo prazo de até duas horas para defender a condenação dos réus.

Defesas

Após a sustentação da PGR, os advogados dos réus serão convidados a subir à tribuna para as sustentações orais em favor dos acusados. Eles terão prazo de até uma hora para suas considerações.

Crimes 

Todos os réus respondem no Supremo pelos crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça e deterioração de patrimônio tombado.

A exceção é o caso do ex-diretor da Abin Alexandre Ramagem, que, atualmente, é deputado federal. Ele foi beneficiado com a suspensão de parte das acusações e responde somente a três dos cinco crimes. A regra está prevista na Constituição. 

A suspensão vale para os crimes de dano qualificado pela violência e grave ameaça, contra o patrimônio da União, e com considerável prejuízo para a vítima e deterioração de patrimônio tombado, relacionados aos atos golpistas de 8 de janeiro. 

Ramagem continua respondendo pelos crimes de golpe de Estado, organização criminosa armada e tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito.

Votos

O primeiro a votar será Alexandre de Moraes, relator da ação penal. Em sua manifestação, o ministro vai analisar questões preliminares suscitadas pelas defesas de Bolsonaro e dos demais acusados, como pedidos de nulidade da delação premiada de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonardo e um dos réus, alegações de cerceamento de defesa, pedidos para retirar o caso do STF, além das solicitações de absolvição.

Moraes poderá solicitar que a turma delibere imediatamente sobre a questões preliminares ou deixar a análise desses quesitos para votação conjunta com o mérito.

Após a abordagem das questões preliminares, Moraes se pronunciará sobre o mérito do processo, ou seja, se condena ou absolve os acusados e qual o tempo de cumprimento de pena.

Sequência de votação

Após o voto do relator, os demais integrantes da turma vão proferir seus votos na seguinte sequência:

Flávio Dino;
Luiz Fux;
Cármen Lúcia;
Cristiano Zanin;

A condenação ou absolvição ocorrerá com o voto da maioria de três dos cinco ministros da turma. 

Pedido de vista

Um pedido de vista do processo não está descartado. Pelo regimento interno, qualquer integrante da Corte pode pedir mais tempo para analisar o caso e suspender o julgamento. Contudo, o processo deve ser devolvido para julgamento em 90 dias.

Prisão

A eventual prisão dos réus que forem condenados não vai ocorrer de forma automática após o julgamento e só poderá ser efetivada após julgamento dos recursos contra a condenação.

Em caso de condenação, os réus devem ficar em alas especiais de presídios ou nas dependências das Forças Armadas.

Oficiais do Exército têm direito à prisão especial, de acordo com o Código de Processo Penal (CPP). O núcleo 1 tem cinco militares do Exército, um da Marinha e dois delegados da Polícia Federal, que também podem ser beneficiados pela restrição. 

Núcleos 

A denúncia da trama golpista foi dividida pela PGR em quatro núcleos. O núcleo crucial, ou núcleo 1, formado por Jair Bolsonaro, será o primeiro ser julgado. As demais ações penais estão em fase de alegações finais, última etapa antes do julgamento, que deverá ocorrer ainda este ano.  

Fonte: Agência Brasil

Moraes manda vistoriar carros e área externa da casa de Bolsonaro

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou neste sábado (30) o reforço nas medidas de monitoramento permanente da casa do ex-presidente Jair Bolsonaro, que cumpre prisão domiciliar em um condomínio no bairro Jardim Botânico, área nobre de Brasília. 

A decisão ocorre após o procurador-geral da República, Paulo Gonet, ter enviado ao STF parecer contrário ao pedido da Polícia Federal (PF) para que agentes da corporação permanecessem no interior da casa de Bolsonaro 24 horas por dia. Apesar disso, o procurador se manifestou favorável ao reforço da segurança nas proximidades da residência e na entrada do condomínio, o que foi acatado pelo ministro.

Em sua decisão, Moraes mandou a Polícia Penal do DF realizar monitoramento presencial na área externa da residência e das divisas com os demais imóveis, onde poderia haver exposição ao risco de fuga.

Além do monitoramento externo, o ministro do STF autorizou a realização de vistorias nos “habitáculos e porta-malas de todos os veículos que saírem da residência do réu”. Essas vistorias, segundo a decisão, deverão ser documentadas, com a indicação dos veículos, motoristas e passageiros, e envio dessas informações ao STF diariamente.

Julgamento

Na próxima terça-feira (2), Bolsonaro e mais sete aliados, que são réus do núcleo 1 da trama golpista, serão julgados pela Primeira Turma da Corte.

O ex-presidente cumpre prisão domiciliar desde o início de agosto, com uso de tornozeleira eletrônica. A medida foi determinada após Alexandre de Moraes entender que o ex-presidente violou as medidas cautelares que proibiam postagens nas redes sociais de terceiros.

Na semana passada, em outra investigação, a PF descobriu que Bolsonaro tinha um documento de asilo político para ser apresentado ao presidente da Argentina, Javier Milei. Segundo a PF, o documento estava salvo no aparelho desde 2024.

De acordo com a defesa, o documento era apenas um “rascunho”, e a solicitação de asilo não ocorreu. Os advogados negaram ainda a tentativa de fuga do país.

Fonte: Agência Brasil

Deputados apoiam decisão do TCU favorável às obras da BR-319

Essencial para a logística do Estado, a BR-319 foi tema central dos debates desta quinta-feira (28/8), durante a Sessão Plenária da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam).

Os parlamentares voltaram a cobrar a recuperação da rodovia, que liga Manaus a Porto Velho (RO), e repercutiram a decisão do Tribunal de Contas da União (TCU), que reconheceu a importância estratégica da estrada e rejeitou proposta que tentava anular a licença prévia emitida em 2022.

“Acho que é um passo que nos aproxima das obras de recuperação dessa estrada essencial para o povo do Amazonas”, afirmou o deputado Adjuto Afonso (UB).

Ele destacou que, na decisão, os ministros mantiveram a licença prévia ao entender que a população da Amazônia é seriamente prejudicada com a não pavimentação da rodovia.

A licença foi concedida pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) ao Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), no âmbito do processo de licenciamento ambiental para pavimentação do chamado trecho do meio.

Durante a discussão, o presidente da Casa, deputado Roberto Cidade (UB), reforçou o compromisso do Parlamento Estadual com o desenvolvimento socioeconômico do Amazonas.

Segundo ele, a recuperação da BR-319 representa mais do que o fim do isolamento logístico do Estado: é fator de integração regional, redução dos custos de transporte, melhoria do acesso a serviços de saúde e educação e prevenção de desabastecimento.

“A BR-319 é uma luta de todos os mais de 4 milhões de amazonenses, porque a recuperação dela representa nosso direito de sair do isolamento e poder se deslocar, por via terrestre, para o resto do país”, afirmou Cidade.

Os deputados Wilker Barreto (Mobiliza), Delegado Péricles (PL), Comandante Dan (Podemos) e Rozenha (PMB) também manifestaram apoio à decisão do TCU e reforçaram a cobrança pelo início efetivo das obras, sobretudo no trecho do meio.

“Não queremos desmatar a floresta, não queremos criar gado ou plantações agrícolas, como muitos falam. O que queremos é que a estrada tire o Amazonas do isolamento, permitindo que a produção do Polo Industrial de Manaus (PIM) e do interior seja escoada com mais facilidade”, destacou Rozenha.

Obras na BR-319

Overão amazônico, com sua estiagem característica, impulsiona as obras em andamento na BR-319/AM, que liga os estados do Amazonas e Rondônia. Segundo informações divulgadas na segunda-feira (25/08) pelo DNIT – Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes – Entre as obras em andamento, está a pavimentação de 20 quilômetros remanescentes do lote C, entre o km 198 e o km 218, acelerada para aproveitar o período de pouca chuva. O Governo Federal, por meio do Novo PAC, está investindo R$ 163 milhões no empreendimento, que tem previsão de conclusão para o fim de 2026.

Na primeira quinzena de agosto, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) concluiu a terraplenagem do trecho e se prepara para dar início à aplicação da pavimentação asfáltica.

O investimento é de R$ 163 milhões, contemplados no Novo PAC

No empreendimento, a autarquia utiliza a técnica da aplicação do rachão uma camada composta por pedras, brita e areia que antecede a pavimentação asfáltica. Esse método é resistente, tem alta densidade e dá mais firmeza à pavimentação para suportar o peso dos veículos que vão circular na rodovia.

A pavimentação de outros 32 quilômetros (entre o km 218 e o km 250) estão em fase de projetos, cuja expectativa é de que estejam prontos ainda em 2026.

Foto: Reprodução

PGR tem 5 dias para analisar indiciamento de Bolsonaro e Eduardo

A Procuradoria-Geral da República (PGR) tem até a próxima segunda-feira, dia 1° de setembro, para se manifestar sobre o relatório da Polícia Federal (PF) que indiciou o ex-presidente Jair Bolsonaro e seu filho, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), no inquérito do tarifaço do Estados Unidos contra o Brasil. 

O prazo também vale para a procuradoria avaliar a manutenção da prisão domiciliar de Bolsonaro e os argumentos apresentados pelos advogados para negar o descumprimento das medidas cautelares que proíbem o ex-presidente de acessar suas redes sociais e perfis de terceiros, além das explicações sobre o pedido de asilo político à Argentina encontrado no celular de Bolsonaro durante uma busca e apreensão da Polícia Federal (PF).

O período para manifestação da PGR terminaria na manhã desta quarta-feira (27), mas foi ampliado pelo ministro. Dessa forma, a procuradoria tem mais cinco dias para emitir o parecer sobre as questões.

A ampliação do prazo foi definida na decisão na qual Moraes determinou que a Polícia Penal do Distrito Federal realize a vigilância integral da casa do ex-presidente. 

O monitoramento foi autorizado após o ministro receber uma cópia do pedido inicial, que foi protocolado pelo deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ). Segundo o parlamentar, o aumento da vigilância é necessário para garantir a “aplicação da lei penal” e evitar fuga. 

Fonte: Agência Brasil

Ministro Vieira diz que ‘não há negociação com EUA que envolva interferência judicial’

O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, disse nesta terça-feira (26) que o Brasil não irá negociar com os Estados Unidos nenhum tipo de interferência judicial em questões internas nacionais. A fala de Vieira, feita em referência ao tarifaço imposto pelos Estados Unidos ao Brasil, ocorreu durante evento na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), que reuniu representantes de empresas estadunidenses, como a Boeing, a Salesforce e a AWS, e brasileiras, como a JBS e Embraer.

“Não há possibilidade de qualquer negociação entre os dois países que envolva interferência em termos judiciais. Seguiremos resistindo a essas pressões ao mesmo tempo em que insistiremos no respeito às nossas instituições e à nossa soberania”, disse o ministro no evento O Novo Cenário Global e o Papel do Setor Privado Nas Relações Brasil-EUA.

Vieira destacou que a imposição da taxa de 50% sobre parte significativa dos produtos brasileiros exportados aos Estados Unidos nunca ocorreu na relação comercial entre os países nos últimos 201 anos, e está sendo praticada em razão do julgamento do ex-presidente da República, Jair Bolsonaro.

“Trata-se de medida expressamente adotada por razões políticas relacionadas com o processo envolvendo o ex-presidente da República e seus principais assessores por tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito. Essa questão configura tema interno e soberano do Brasil, conduzida no âmbito do poder judiciário e em reação a qual não há qualquer possibilidade de interferência da parte do poder executivo”, afirmou Vieira.

O ministro das Relações Exteriores ressaltou que o Brasil não irá abrir mão da disposição para o diálogo com os Estados Unidos, mas que o país permanecerá atuando em diversas frentes para compensar e superar as barreiras impostas aos produtos brasileiros.

“Demos início a conversas com os demais países afetados pelas medidas tarifárias dos Estados Unidos. Com esse intuito, o presidente Lula manteve, apenas nas últimas duas semanas, contatos com líderes da Índia, da China, do México e da França, dentre outros países”.

Vieira afirmou ainda que o Brasil pretende dar início a discussões sobre uma reforma estrutural da Organização Mundial do Comércio (OMC). “Uma verdadeira refundação do organismo sob bases mais modernas e flexíveis. Na relação com os Estados Unidos, seguiremos insistindo na necessidade de separarmos questões comerciais das questões políticas. Esse é o único caminho possível para que a situação presente possa encontrar solução satisfatória”.

Fonte: Agência Brasil

TRE-AM celebra 93 anos de história e do protagonismo feminino em mostra no Amazonas Shopping

O Tribunal Regional Eleitoral do Amazonas (TRE-AM) deu início, nesta segunda-feira (25/08), à exposição comemorativa dos 93 anos de criação da instituição e da conquista do voto feminino no Brasil. A mostra segue até 29 de agosto, no Amazonas Shopping, segundo piso, com entrada gratuita.

A abertura foi conduzida pela presidente do TRE-AM, desembargadora Carla Reis, e reuniu autoridades, especialmente do meio jurídico, servidores e a sociedade civil, em um momento de reconhecimento da trajetória da Justiça Eleitoral e da participação da mulher no processo democrático.

A presidente destacou a missão do TRE-AM de assegurar a lisura, a transparência e a legitimidade das eleições, além de destacar a importância da celebração de um marco histórico. “Com quase um século de existência, o Tribunal Regional Eleitoral do Amazonas celebra seus 93 anos juntamente com a conquista do voto feminino, uma vitória que resulta do passado de lutas de tantas mulheres que garantiram esse direito para todas”, afirmou a presidente.

A juíza da Corte Eleitoral, Anagali Bertazzo, prestigiou o evento, enaltecendo os avanços conquistados, embora reconheça que ainda há desafios. “Nós temos aqui a informação de todas as mulheres que lutaram para trazer a conquista ao voto e também ser votadas. Até hoje percebemos o quanto a participação feminina ainda não está a contento no Poder Legislativo, principalmente, porque através da participação feminina, na elaboração de leis que nós vamos conseguir trazer melhorias para a nossa realidade”, destacou.

Entre as autoridades presentes estavam os juízes Marcelo Vieira, Mônica Câmara, Giselle Falcone e Lídia Abreu. O juiz do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM), Eliézer Fernandes Júnior, que há 27 anos atua na magistratura e já presidiu eleições em diversos municípios do Estado, destacou a relevância da iniciativa pela visibilidade que proporciona à sociedade.

“A importância que vejo não está apenas na exposição, mas também no papel do TRE-AM de levar informação à mídia e garantir a máxima transparência para que a sociedade conheça a história da instituição. É igualmente significativo ressaltarmos a presença de desembargadoras e a conquista do voto feminino, avanços que reforçam a representatividade na magistratura”, afirmou.

Visita ao espaço

No acervo, estão documentos, objetos históricos, títulos eleitorais de 1904 e 1916, mobiliário e a evolução das urnas eleitorais – desde a de madeira e lona até as urnas eletrônicas atuais. Entre os destaques, o espaço “Lideranças Femininas”, apresenta as mulheres que já comandaram o TRE-AM, com ênfase na atual gestão, majoritariamente feminina, composta pela presidente, desembargadora Carla Reis, e pela vice-presidente e corregedora, desembargadora Nélia Caminha.

No Espaço da Acessibilidade, o público encontra dois totens digitais, com a audiodescrição da mostra e intérprete de Libras disponível para atendimento às pessoas com deficiência. A interatividade das urnas eletrônicas é outro atrativo: os visitantes podem simular o voto em uma eleição geral e, em outra urna eletrônica, o atrativo turístico que melhor representa a cidade de Manaus.

Foto: Junior Souza/TRE-AM

Eduardo Braga entrega novo porto à população de Barcelos

O senador Eduardo Braga (MDB) participou nesta segunda-feira (25/8) da inauguração da nova Instalação Portuária Pública de Pequeno Porte (IP4) do município de Barcelos, a 405 quilômetros de Manaus, no Alto Rio Negro. Na ocasião, o parlamentar também anunciou o lançamento de licitação para recuperar a orla da cidade e construir um muro de contenção contra deslizamentos de terra.

“Aqui, está mais uma obra entregue. Palavra dada é palavra cumprida. Vemos ali o primeiro barco atracando no novo porto de Barcelos, um sonho de quase 30 anos agora realizado”, comemorou Eduardo Braga.

Com investimento de R$ 20,1 milhões, o novo porto possui infraestrutura moderna para ancoragem de embarcações e transporte fluvial de passageiros e cargas, principal modal do município com 18 mil habitantes. A obra oferece segurança logística ao escoamento da produção local e ao abastecimento, além de fortalecer o turismo de pesca esportiva, uma das principais atividades econômicas de Barcelos – a primeira capital do Amazonas.

O porto de Barcelos é o primeiro do Amazonas a funcionar com energia solar e o quarto a integrar o projeto “Portinhos Conectados”, que oferece conectividade e acesso gratuito à internet via Wi-Fi. O IP4 de Barcelos é composto por um terminal de passageiros, cais flutuante, pontes móveis, rampa de acesso, muro de contenção, estação de tratamento de esgoto, reservatório de água, subestação de energia com gerador, iluminação externa e estacionamento.

As obras foram executadas pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT). Na cerimônia de inauguração também participaram o senador Omar Aziz (PSD), o prefeito de Barcelos, Radinho Alves (União Brasil), o deputado federal licenciado, Saullo Vianna (União Brasil), e outras autoridades.

Nova orla e pavimentação

Durante visita à Barcelos, Eduardo Braga também anunciou o lançamento de uma licitação para as obras de recuperação dos 600 metros da orla da cidade, construção de um muro de contenção contra erosões fluviais e revitalização da praça.

“A nova orla de Barcelos está em licitação neste momento. Um recurso de R$ 25 milhões de emenda nossa para embelezar e trazer segurança da orla até o porto que acabou de ser inaugurado”, lembrou Eduardo Braga.

Ao todo, Eduardo Braga já destinou R$ 59,1 milhões para transformar a vida dos barcelenses. Além da nova orla, as próximas obras incluem pavimentação e recapeamento de ruas e reforma e revitalização da praça municipal.

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