Na Sessão Plenária desta terça-feira (25/6), os deputados manifestaram preocupação com a segurança da navegabilidade dos rios do Amazonas, por conta de um vídeo que circula nas redes sociais de um tiroteio do que seria um confronto entre a polícia e bandidos nos limites dos municípios de Alvarães (a 531 quilômetros de Manaus) e Tefé (a 523 quilômetros de Manaus).
Sobre o caso, o deputado estadual Wilker Barreto (Mobiliza) sugeriu que o Governo do Amazonas reduzisse a verba de comunicação para aumentar o efetivo da Polícia Militar e Civil no interior e inibir a ação dos piratas.
“Espero que o secretário de Segurança venha a esta Casa falar sobre este problema. Se o Governo do Amazonas tirasse R$ 100 milhões da verba de comunicação e chamasse os concursados das Polícias Militar e Civil, já ajudava na atuação da segurança pública do interior. Precisamos de uma ação urgente, porque se continuar dessa maneira os rios do nosso Estado vão virar a costa da Somália (região assolada por piratas que ameaçam a marinha mercante internacional)”, comparou, mostrando as imagens do tiroteio.
Sobre o caso, Rozenha (PMB) afirmou que a insegurança pode afetar a economia do Estado. “Não dá para não tomarmos uma atitude, isso tem de ser resolvido, sob pena de o homem e a mulher que moram no interior viverem sob constante ameaça. Daqui a pouco, ninguém mais vai querer navegar nas águas do Amazonas e nem fazer negócios no curso dos mais de seis mil quilômetros de rios que temos em nosso Estado. Estão em risco a segurança e a soberania nacional, porque pelo rio Amazonas circula a maior quantidade de entorpecentes do planeta e quem sofre com isso são os moradores que precisam navegar, os empresários do interior que vão ver seus custos logísticos aumentarem”, analisou.
Perseguição
A deputada estadual Alessandra Campelo (Podemos) reprovou o cancelamento, por parte da Prefeitura de Manaus, do arraial do grupo Jungle Runners que deveria acontecer na Ponta Negra no último sábado (22/6).
“As pessoas da Jungle Runners que organizam eventos para arrecadar fundos para as crianças com deficiência participarem da Corrida São Silvestre foram impedidas de realizar o seu evento com a desculpa de que teria um evento da Secretaria Municipal de Educação (Semed) no mesmo local e horário. E foi constatado que não houve esse evento e não há justificativa para esse cancelamento. Isso é um absurdo, é uma covardia com as crianças que ficaram chorando, com as famílias que fizeram comida para vender nesse evento. A Ponta Negra não é da prefeitura, é do povo do Amazonas”, afirmou, acrescentando que o governador Wilson Lima ofereceu o Centro de Convivência da Família, inclusive com apoio estrutural, para que eles possam fazer este arraial solidário.
Foto: Danilo Mello