quarta-feira, agosto 20, 2025
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Eduardo Braga cobra soluções para travessia do Careiro

O senador Eduardo Braga (MDB-AM) saiu em defesa do Amazonas e cobrou soluções logísticas para a travessia de balsas entre o Porto da Ceasa e o Careiro da Várzea rumo à rodovia BR-319 e por mais segurança e fiscalização contra colisões em portos e estações fluviais ao longo da hidrovia do Rio Madeira provocados por comboios de balsas rebocadoras. Só no primeiro semestre deste ano, três acidentes ocorreram nas orlas de Humaitá, Borba e Manicoré, este último com vítimas.

O pedido foi feito nesta quarta-feira (20/8) durante sessão na Comissão de Infraestrutura do Senado para sabatinar os novos diretores da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq).

“Se não bastasse a gente sofrer nos 400 quilômetros sem asfalto na BR-319, quando a gente chega no Careiro da Várzea para atravessar para Manaus temos que enfrentar uma travessia, de responsabilidade da Antaq, com balsas ultrapassadas, velhas, mal cuidadas, mal conservadas e que as empresas se negam a investir porque dizem que não tem segurança no contrato de concessão, há uma licitação por tempo curto, que não viabiliza o payback”, cobrou Eduardo Braga.

Hidrovia do Madeira

Os problemas da navegação pelo Rio Madeira também foram destacados pelo senador, que pediu atenção aos serviços de dragagem durante a seca e criticou a possibilidade de privatização da hidrovia. “Existem recursos destinados à dragagem do Madeira, recursos disponíveis para que a Antaq possa fazê-lo. Aí inventaram uma tal de privatização de hidrovia, uma coisa absolutamente descabível, porque a contrapartida era zero. Queriam cobrar pedágio sobre as cargas que já são caras tanto para Rondônia quanto para o Amazonas”, contestou o senador.

Ainda sobre o Rio Madeira, Eduardo Braga pediu mais segurança e fiscalização contra colisões em portos provocados por comboios de rebocadores.

“Só no primeiro semestre deste ano foram três acidentes. Um em Humaitá, que destruiu um porto que acabava de ser recuperado. Outro em Borba, que também destruiu um porto que tinha acabado de ser recuperado, um porto público federal. E um terceiro (Manicoré) que acabou com um porto flutuante, de um pequeno empresário, que matou três pessoas. Isso tudo porque aumentaram os comboios que eram de 20 para 30 balsas de 2.000 toneladas. São comboios carregados de grãos de soja, grãos de milho, rebocadores ou empurradores que não têm dirigibilidade, não são capazes de direcionar, manobrar, com tamanho peso e com tamanha velocidade”, reforçou.

Concessões de estradas

Por último, o senador Eduardo Braga criticou a burocracia na repactuação de contratos de concessão de estradas na ANTT. Segundo ele, é necessário encontrar uma nova solução que garanta investimentos.

“É uma das piores heranças que o governo atual recebeu do governo passado. Muito se propagou, muito se vendeu o marketing em torno das concessões privadas, mas as repactuações emperraram as concessões. O que adianta ter uma concessão se essa concessão não faz um centavo de investimento na estrada privada?”, finalizou o senador.

Nova diretoria ANTT e Antaq

Por unanimidade, a Comissão de Infraestrutura aprovou os nomes à diretoria da ANTT, Guilherme Theo Rodrigues da Rocha Sampaio e Alex Antonio de Azevedo, e à diretoria e ouvidoria da Antaq, Frederico Carvalho Dias e Renata Sousa Cordeiro.

Foto: Divulgação

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