Ataques aéreos e disparos israelenses resultaram na morte de pelo menos 140 pessoas na Faixa de Gaza em um período de 24 horas, segundo autoridades de saúde locais. Dentre as vítimas, pelo menos 40 morreram devido a ataques aéreos e disparos na quarta-feira, conforme informado pelo Ministério da Saúde de Gaza.
Muitas dessas mortes ocorreram em meio a tentativas de civis palestinos obterem ajuda humanitária, com 14 pessoas mortas por disparos israelenses contra uma multidão que aguardava caminhões de ajuda da ONU na estrada de Salahuddin, na região central de Gaza.
Os ataques também incluíram bombardeios em áreas como o campo de refugiados de Maghazi, o bairro de Zeitoun, a Cidade de Gaza e um acampamento em Khan Younis, resultando em pelo menos 21 mortes.
O Ministério da Saúde de Gaza relatou que, desde o reinício da distribuição de ajuda no final de maio, 397 palestinos foram mortos e mais de 3.000 ficaram feridos enquanto buscavam assistência.
As Forças de Defesa de Israel (IDF) afirmaram estar investigando as mortes relacionadas à distribuição de alimentos e declararam que suas operações visam “desmantelar as capacidades militares do Hamas”, tomando precauções para minimizar danos a civis.
A preocupação de palestinos em Gaza é de que a escalada do conflito, iniciada em outubro de 2023, está sendo ofuscada pelo recente foco internacional na tensão entre Israel e Irã. Um residente local expressou à Reuters o desespero da população, destacando que “quem não morre por bombas israelenses, morre de fome”, já que civis arriscam suas vidas para obter comida.
Fonte: Agência Brasil