A segurança da navegação dos rios amazonenses foi tratada na Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), nessa segunda-feira (24/2), durante a Sessão Plenária. O acidente que aconteceu na tarde do último domingo (23/2), quando uma balsa colidiu com estrutura do porto do município de Borba (distante 151 quilômetros da capital), foi repercutido pelo presidente da Casa, deputado Roberto Cidade (UB).
O parlamentar mostrou um vídeo do momento do acidente, filmado por um morador do município. Nas imagens, é possível ver que uma balsa atinge estrutura composta por uma ponte, responsável pela ligação da orla até os barcos, e uma plataforma, que serve para o embarque e desembarque dos passageiros.
A navegação nos rios amazônicos é o principal meio de transporte para os habitantes da região, sendo uma das formas mais econômicas de deslocamento e transporte de carga, apontou o presidente Cidade, alertando, porém, da necessidade de sinalização da navegação. Ele lembrou que o maior prejudicado com o que ocorreu ontem é a população daquele município, que precisará aguardar pelas obras de recuperação da estrutura a cargo do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), um órgão federal.
“Lembrando que daqui a pouco mais de três meses acontece na cidade o festejo de Santo Antônio de Borba, evento que atrai turistas e que movimenta a economia local”, destacou Roberto Cidade, informando que irá solicitar ao DNIT urgência no envio de técnicos para avaliar os danos da estrutura e, principalmente, as obras recuperação da estrutura atingida.
Voto feminino
O aniversário de 93 anos da instituição do voto feminino no país, celebrado neste 24 de fevereiro, foi tratado pela deputada Alessandra Campelo (Podemos), durante seu pronunciamento no Grande Expediente.
A Lei foi aprovada em 1932, no governo do então presidente Getúlio Vargas, e foi incorporada à Constituição Federal somente em 1934, porém em 1933, quando foi eleita a Assembleia Nacional Constituinte, as mulheres já puderam votar, lembrou Campelo, destacando que inicialmente o voto feminino era facultativo, e só se tornou obrigatório na década de 1960.
“Assim como nós mulheres demoramos muito mais a ter direito de acesso ao ensino superior, a ter direito de trabalhar de forma regulamentada no mercado de trabalho, por exemplo. A gente vê que a sociedade tem um atraso em relação aos direitos das mulheres”, declarou Campelo, fazendo uma análise que isso representa a luta permanente das mulheres pela igualdade de direitos com os homens.
Hoje as mulheres representam 52% do eleitorado, no entanto ocupam apenas cerca de 15% nos Parlamentos. Poucos cargos são ocupados por mulheres no Executivo.
“A nossa Assembleia do Amazonas é um exemplo, pois dentro de um universo de 24 parlamentares, apenas cinco cadeiras são ocupadas por mulheres”, disse a deputada Alessandra Campelo.
Em a aparte, o deputado Rozenha (PMB), afirmou que a legislação deveria estabelecer que pelo menos 30% das vagas nas Casas Legislativas brasileiras deveriam ser ocupadas por mulheres, já que elas são a maioria da população eleitoral.
“É uma luta constante, precisamos de mais mulheres vereadoras, deputadas, juízas, ministras, governadoras, porém, mais longe já estivemos”, disse o deputado, afirmando acreditar que a luta é grande, porém as decisões políticas brasileiras serão melhoradas enormemente a partir do momento em que as mulheres tenham igualdade no poder de decisão.
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