A Prefeitura de Manaus, por meio do Conselho Municipal de Cultura (Concultura), encerrou, nesta sexta-feira, 17/5, a semana de reuniões devolutivas com os artistas e trabalhadores de todos os segmentos culturais, como etapa de consulta popular obrigatória para elaboração do planejamento necessário à execução da Política Nacional Aldir Blanc (Pnab). Os encontros ocorreram no Palácio Rio Branco e no Casarão da Inovação Cassina, no centro da cidade.
As escutas públicas são obrigatórias para a elaboração do plano de ação com prazo até o final de maio, e dos editais da Pnab, em junho, para fomentar os setores artísticos. No total, foram realizadas nove reuniões, dia 13/5, audiovisual e música; 14/5, cultura popular e dança; 15/5, artes visuais;16/5, cultura étnica e literatura; e dia 17/5, hip-hop e teatro e circo.
Para o presidente do Concultura, Neilo Batista, a nova rodada teve êxito por consolidar a participação de todos os segmentos artísticos e culturais. “Além da ampla escuta que oportunizamos na primeira rodada, realizamos o retorno com relação principalmente à legalidade dos pedidos e sugestões”, analisou.
O presidente afirmou que, no geral, foram atendidos os anseios de participação dos artistas e a democratização dos incentivos para chegarem aos moradores mais periféricos e de áreas ribeirinhas, além de atenção devida à acessibilidade e a política de cotas aos fazedores de cultura afrodescendentes e povos originários.
Conselheiro de Literatura, Bosquinho Poeta apresentou as propostas aos artistas presentes na devolutiva. “A devolutiva foi um sucesso. Conseguimos avançar ainda mais rumo a garantir a correta aplicação dos recursos da Pnab para o nosso segmento, garantindo editais que realmente atendam às nossas necessidades”, comentou.
O muralista Alessandro Hipz participou da devolutiva do setor de artes visuais e ressaltou a importância que tem o retorno dado pelo Concultura aos artistas. “Nessa escuta, a gente consegue mensurar e organizar nossos pensamentos, as nossas pautas, nossa proposição. E tendo esse retorno, a gente consegue se organizar e ter esse movimento, das artes visuais. A gente agradece ao Concultura por ter tido esse espaço, esse diálogo com a classe”.
A fundadora do Parque das Tribos, cacique Lutana Kokama, disse que as devolutivas servem para deixar a população bem esclarecida dessa política pública da Pnab. “Nós, população ribeirinha, indígena e fazedores de cultura viemos defender a pauta de disponibilizar oficinas, a exemplo da Lei Paulo Gustavo, para que essa verba federal seja direcionada para as comunidades ribeirinhas e indígenas”.
Observatório
Nos próximos dias, o Concultura vai disponibilizar para os artistas, produtores e fazedores de cultura um espaço equipado com computadores e servidores do conselho para auxiliar no processo de tirar dúvidas e inscrições na Pnab. O Observatório Pnab vai funcionar na sede do Concultura, localizada no Palácio Rio Branco, s/nº, praça Dom Pedro II, no Centro Histórico de Manaus.
Foto – Divulgação/Concultura